? Vamos cumprir a meta do plano de mudanças climáticas para esse período. Isso significa que, se cumprirmos toda a meta até 2017, só com essa redução de 70% do desmatamento na Amazônia, o Brasil deixará de emitir gás carbônico mais do que a soma de todas as reduções propostas pelos países ricos, em Quioto [Japão], que não estão sendo cumpridas ? disse o ministro, após participar do lançamento da campanha nacional Saco é um Saco.
De acordo com Minc, entre os setores mais importantes ligados ao desmatamento da Amazônia, o mais descontrolado é o da pecuária.
O frigorífico não desmata, ele compra carne dos fazendeiros. Uma parte está dentro da lei e outra está fora. Nós criamos um decreto que obriga cada frigorífico a disponibilizar a lista de todos os seus fornecedores. Além disso, os bancos públicos firmaram com o governo um protocolo que prevê que eles não podem financiar empresas que destroem a Amazônia ? afirmou o ministro.
Ele reforçou que os frigoríficos que compram carne de fazendeiros que desmatam a Amazônia são co-responsáveis pelo crime ambiental praticado pelo fornecedor e que aqueles que comprarem dessas fazendas não terão mais crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Minc informou ainda que o governo está reunindo os dados necessários para a adoção na indústria automobilística de um selo semelhante ao usado em geladeiras e fogões. Segundo o ministro, tanto as indústrias quanto as montadoras serão obrigadas a informar a quantidade de gás carbônico emitida pelos automóveis.
? O objetivo é estimular o consumo consciente, que não é espontâneo. É preciso dar informação para que o consumidor tome uma decisão que significa a melhoria da vida dele e da dos outros ? completou Carlos Minc.