Minc diz que relatório de maio sobre desmatamento na Amazônia apontará redução

Informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais serão apresentadas nesta quartaO ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta terça, dia 23, que o relatório sobre o desmatamento na Amazônia no mês de maio mostrará redução significativa dessa atividade em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo Minc, este ano o desmatamento será o menor dos últimos 20 anos. O relatório, com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), será apresentado nesta quarta, dia 24.

? Vamos cumprir a meta do plano de mudanças climáticas para esse período. Isso significa que, se cumprirmos toda a meta até 2017, só com essa redução de 70% do desmatamento na Amazônia, o Brasil deixará de emitir gás carbônico mais do que a soma de todas as reduções propostas pelos países ricos, em Quioto [Japão], que não estão sendo cumpridas ? disse o ministro, após participar do lançamento da campanha nacional Saco é um Saco.

De acordo com Minc, entre os setores mais importantes ligados ao desmatamento da Amazônia, o mais descontrolado é o da pecuária.

O frigorífico não desmata, ele compra carne dos fazendeiros. Uma parte está dentro da lei e outra está fora. Nós criamos um decreto que obriga cada frigorífico a disponibilizar a lista de todos os seus fornecedores. Além disso, os bancos públicos firmaram com o governo um protocolo que prevê que eles não podem financiar empresas que destroem a Amazônia ? afirmou o ministro.

Ele reforçou que os frigoríficos que compram carne de fazendeiros que desmatam a Amazônia são co-responsáveis pelo crime ambiental praticado pelo fornecedor e que aqueles que comprarem dessas fazendas não terão mais crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Minc informou ainda que o governo está reunindo os dados necessários para a adoção na indústria automobilística de um selo semelhante ao usado em geladeiras e fogões. Segundo o ministro, tanto as indústrias quanto as montadoras serão obrigadas a informar a quantidade de gás carbônico emitida pelos automóveis.

? O objetivo é estimular o consumo consciente, que não é espontâneo. É preciso dar informação para que o consumidor tome uma decisão que significa a melhoria da vida dele e da dos outros ? completou Carlos Minc.