? Os ruralistas estão desesperados e querem me tirar do governo. Podem me insultar e continuar pedindo a minha cabeça, mas eu vou continuar governando. Ao que me conste, o Brasil é comandado pelo presidente Lula e não pelos ruralistas. Aliás, se fosse pelos ruralistas, não haveria o Bolsa Família e, sim, o Bolsa Latifundiário ? afirmou o ministro.
Para Minc, a ofensiva dos ruralistas é uma resposta ao “pacto” firmado entre a área ambiental e a agricultura familiar. Segundo ele, durante anos, os grandes agricultores aterrorizaram os pequenos em relação às exigências ambientais.
? Isso [o pacto entre ambientalistas e agricultura familiar] foi uma derrota para os ruralistas. A senadora Kátia Abreu, inclusive, é uma pessoa muito simpática, muito agradável. A única grande derrota dela foi essa, o que talvez a tenha tirado do sério ? disse Minc durante entrevista coletiva para comentar os dados sobre o desmatamento divulgados nesta terça pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O ministro voltou a afirmar que os ruralistas estão usando os agricultores familiares como “massa de manobra” para defender interesses próprios na discussão de mudanças no Código Florestal. Ele disse que pretende firmar um pacto com a grande agricultura, mas mantendo a diferenciação entre pequenos e grandes produtores.
? Reconhecemos que o setor tem grande importância para o país, com as exportações, com os empregos, mas é claro que tem que ser tratado de forma diferente dos pequenos produtores ? finalizou Minc.