? Há, de um lado, o desequilíbrio ambiental, que ele provocaria se a gente deixasse que destruísse o Pantanal como queria, e, por outro lado, há o desequilíbrio patológico ? disse.
Puccinelli se referiu ao ministro como “veado” e “fumador de maconha” durante uma reunião com empresários, segundo a imprensa local. Por meio de nota, ele chegou a se desculpar pelo que disse mas, para Minc, os tribunais de Justiça e os eleitores do Estado devem decidir se o governador deve permanecer na gestão de Mato Grosso do Sul.
O ministro garantiu estar acostumado com embates políticos com ruralistas e governadores.
? Nunca me acovardei ou me encolhi, mas, com uma agressão como essa, é difícil até imaginar como uma pessoa dessa pretende exercer o governo do Estado ? disse.
A resposta ao governador, segundo Minc, é a de que a pasta vai continuar defendendo o Pantanal contra qualquer forma de agressão. Ele destacou ainda que, de forma alguma, vai aceitar baixar o nível da discussão rumo a algo tão grotesco e truculento como o governador levou.
? Não acho que foi um ataque gratuito. Na verdade, ele professou um estupro ao Pantanal e a ele próprio. São os eleitores e os tribunais que vão julgar se uma pessoa com esse nível de desequilíbrio está apta a exercer o governo do estado. Eu não vou processá-lo ? finalizou.
Em nota, André Puccinelli pediu desculpas ao ministro e lamentou a conotação de ofensa atribuída às declarações. Segundo o governador, as críticas restringem-se ao ambiente do debate técnico e político de assuntos que dizem respeito aos interesses do Estado e do Ministério do Meio Ambiente.
Proteção das Florestas Tropicais
Durante a abertura do seminário PPG7 e a Proteção das Florestas Tropicais, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, manifestou solidariedade a Minc. Ele avaliou as declarações de Puccinelli foram feitas de maneira descabida.
? Ficamos surpresos. Só pessoas que não têm percepção da importância de se preservar o meio ambiente podem fazer declarações como essa.
O seminário discutiu os resultados do programa de proteção de florestas tropicais, criado na década de 90, com a ajuda da comunidade internacional. Considerada a maior iniciativa de apoio ao meio ambiente, ajudou a desenvolver estratégias para o uso sustentável e para preservar a Amazônia e a Mata Atlântica.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, o programa foi responsável pela criação de dois milhões de hectares em reservas extrativistas e mais de 20 áreas indígenas homologadas. Mesmo reconhecendo a importância da atuação de outros países, Carlos Minc reforçou a soberania nacional.