Na primeira aparição que fizeram juntos em público desde a polêmica em torno do novo código florestal, Stephanes e Minc tentaram mostrar que as desavenças fazem parte do passado. Após a advertência do Palácio do Planalto, os dois ministros mostram agora um discurso mais conciliador.
? Quanto à necessidade de alterar algum item do código florestal, ninguém tem dúvida disso. É fundamental para regular a atividade, poder produzir e proteger ? disse Stephanes.
? Temos que modernizar o código, permitindo a produção ? acrescentou Minc.
Os ministros do Meio Ambiente e da Agricultura participaram ao lado de Guilherme Cassel do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas. A uma platéia de gestores da Amazônia Legal, falaram sobre as ações do governo para desenvolver a produção sustentável na região.
? A regularização fundiária é acima de tudo um ato de preservação ambiental e também uma porta aberta para a cidadania ? afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário.
Além do plano de realizar a regularização fundiária em no máximo três anos, o governo pretende instalar três unidades da Embrapa na Amazônia ? uma em Mato Grosso e outras duas em Tocantins e no Maranhão.
O zoneamento agroecológico da cana-de- açúcar também foi assunto do encontro. Minc anunciou que o estudo deve ser publicado no começo de março. O objetivo é impedir o plantio na Amazônia e em algumas áreas do Pantanal. Para Fernando Zafonato, prefeito de Matupá, no extremo norte de Mato Grosso, o zoneamento vai impedir a instalação de usinas no município, prejudicando a economia.