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Diversos

MInfra registra mobilização em rodovias federais em oito estados

Não há bloqueio total em nenhuma estrada e PRF prevê o fim das manifestações até meia-noite desta quinta-feira (9)

Atoleiros, BR-163, bloqueio em MT, Mato Grosso
Foto: PRF/ Divulgação

Boletim do Ministério da Infraestrutura (MInfra), com base em informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), informou que, às 17h30 desta quarta-feira (8), eram registrados pontos de concentração em rodovias federais com abordagem a veículos de cargas em oito estados: Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Rio Grande do Sul. Em nenhum ponto teria sido registrado bloqueio total da pista, de acordo com a pasta.

A PRF está em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo dos automóveis com a previsão de que as manifestações cheguem ao fim até a 0h desta quinta-feira, 9. O órgão destaca que a disseminação de vídeos e fotos das estradas bloqueadas por meio de redes sociais “não reflete necessariamente o estado atual da malha rodoviária”.

Ao todo, teriam sido debeladas 67 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias nas últimas horas.

Também em nota divulgada nesta quarta, o Ministério informou ainda que os atos não são organizados por qualquer entidade setorial do transporte rodoviário de cargas e que a composição das mobilizações é heterogênea, “não se limitando a demandas ligadas à categoria”

Abastecimento

As paralisações promovidas por caminhoneiros que bloqueiam rodovias pelo país poderão causar “sérios transtornos à atividade de transporte”, com “graves consequências para o abastecimento de estabelecimentos de produção e comércio”. O temor foi manifestado pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), que divulgou nota de repúdio a essas manifestações organizadas na esteira dos atos do 7 de Setembro, incentivados pelo presidente Jair Bolsonaro.

A entidade, que diz congregar cerca de 4.000 empresas de transporte associadas direta e indiretamente e mais de 50 entidades patronais, afirmou que a movimentação é de natureza política e está dissociada das bandeiras e reivindicações da categoria de caminhoneiros autônomos.

“NTC&Logística vem manifestar total repúdio às paralisações organizadas por caminhoneiros autônomos com bloqueio do tráfego em diversas rodovias do país, por influência de supostos líderes da categoria. Trata-se de movimento de natureza política e dissociado até mesmo das bandeiras e reivindicações da própria categoria, tanto que não tem o apoio da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos”, afirmou a associação em nota.

A entidade reforçou que tais bloqueios e suas eventuais consequências para o abastecimento poderão atingir diretamente o consumidor final e o comércio de produtos de todas as naturezas, incluindo alimentos, medicamentos e combustíveis.

Na nota, a NTC&Logística diz esperar que as autoridades dos governos federal e estaduais adotem as providências “indispensáveis” para assegurar às empresas de transporte rodoviário de cargas o “pleno exercício do seu direito de ir e vir e de livre circulação nas rodovias em todo o território nacional”. “As empresas de transporte rodoviário de cargas, desde que garantido o livre trânsito dos seus veículos, terão condições de assegurar a continuidade do normal abastecimento em toda a cadeia de produção e consumo para a tranquilidade de todos”, afirma a entidade.

A NTC deixa claro que não apoia esse movimento, repudiando-o, orientando as empresas de transporte a seguirem em sua atividade e orientando os seus motoristas para em caso de bloqueio ao trânsito dos seus veículos acionarem imediatamente a autoridade policial solicitando sua liberação”, conclui.

Portos

As operações no porto de Paranaguá (PR), bem como a entrada e saída de caminhões, estão sendo realizadas normalmente na tarde desta quarta-feira, segundo a estatal Portos do Paraná. A informação contraria boatos de que as atividades estariam paradas em virtude de manifestações nos locais. No porto de Rio Grande (RS), as atividades e o acesso de caminhões também ocorre normalmente, conforme informou à reportagem a Portos RS, empresa que administra os portos do estado.

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