>> Produtores gaúchos compram produto ilegal no Estado de fora do país para combater a helicoverpa
O chefe da divisão vegetal da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Vinicius Grasselli, explica que, em visita a propriedade de Trevisan, nesta terça, dia 25, não foi encontrado vestígio do insumo. Grasselli conta que nenhuma embalagem do produto foi localizada, mas é possível detectar através da análise laboratorial.
– Não encontramos na propriedade nenhum vestígio do benzoato. Foi realizada a amostragem das lagartas, da calda do pulverizador e das plantas. Agora precisamos aguardar o resultado do laudo para saber se houve ou não o uso – explica.
O chefe da divisão vegetal do Estado afirma que se o produtor tivesse usado o benzoato de emamectina na propriedade, pela alta população de lagartas encontradas, o produto não teria feito efeito. Grasselli salienta que o Estado está fazendo o monitoramento da ocorrência de largartas nas regiões produtoras.
– Através deste monitoramento, estamos acompanhando a situação das lavouras. Através disso, decidimos não decretar emergência fitossanitária no Estado. Foi constatado que na propriedade do produtor Trevisan a maioria das lagartas era a falsa medideira e não a helicoverpa – diz Grasselli.
O produtor relata que na tarde desta terça, a Polícia Ambiental, Ministério da Agricultura e Defesa Agropecuária estiveram em sua propriedade e tentaram prendê-lo. Trevisan disse que vai entrar com uma representação judicial contra a atitude arbitrária do governo.
– Entraram na minha propriedade e tentaram me prender na frente da minha filha. Não sou criminoso, apenas estou tentando salvar a minha produção e o trabalho de um ano inteiro. O Governo não faz nada e ainda vai contra os produtores. Não sei mais o que fazer para combater essa praga – desabafa o produtor.
O Ministério deve divulgar nos próximos dias o resultado das análises.
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