O destaque comercial do produto foi uma das razões que levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) a incentivar a inclusão da produção de flores no Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi).
A importância dessa iniciativa está na possibilidade de produção de espécies variadas de flores, com parâmetros sociais e ambientais que, reconhecidos mundialmente, beneficiam o seu consumo interno e a exportação do produto.
? Queremos dar garantia de qualidade, rastreabilidade (origem conhecida) e produção ambientalmente correta e socialmente justa ? explicou o chefe de divisão de Horticultura, da coordenação-geral de Produção Integrada, Marcus Vinícius Martins.
O governo federal pretende estabelecer uma normatização específica para o processo de produção integrada de flores, além de certificação nacional.
Atualmente, o Mapa já aprovou dois projetos de produção integrada de flores que estão em fase inicial de execução, um na cidade de Holambra (SP), direcionado ao cultivo de rosas, e outro, no estado do Ceará, na região de Maciço de Baturité, que está voltado para a produção de flores tropicais. Os projetos estão sendo desenvolvidos em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
No Brasil, de acordo com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, o agronegócio da Floricultura é responsável pela geração de cerca de 170 mil empregos, dos quais 84 mil (49,4%) estão na produção, seis mil (3,5%) relacionados à distribuição, 68 mil (40,0%) no comércio varejista e 12 mil (7,1%) em outras funções. Em todo o mundo, o setor produz o equivalente a U$ 16 bilhões, gerando emprego e renda para pequenos agricultores e empresários.