O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreendeu cerca de 9 mil garrafas de azeite de oliva fraudado em uma rede de supermercados no Paraná.
Um mercado vendia o produto, identificado como azeite de oliva extravirgem de origem espanhola, por R$ 29,99 a unidade.
Durante a fiscalização, os fiscais verificaram dois tipos de cápsulas de fechamento das garrafas do produto apreendido.
As caixas onde as garrafas estavam acondicionadas apresentavam inscrições em português e não continham qualquer identificação do produto espanhol.
Além disso, os fiscais encontraram caixas que aparentemente os fornecedores das garrafas vazias utilizavam. Essas caixas eram usadas para embalar o azeite fraudado.
O Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SIPOV), da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Paraná (SFA-PR), suspeitando da qualidade, apreendeu e enviou amostras ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária.
O Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (LabRMN) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebeu amostras e analisou-as minuciosamente utilizando a técnica de espectroscopia de ressonância magnética nuclear.
Os resultados comprovaram que o produto não era azeite de oliva e que o óleo utilizado na fraude era de soja.
O laudo também apontou que as duas amostras com cápsulas de fechamento de garrafas diferentes possuem perfil espectral idênticos, indicando que ambas apresentavam a mesma origem.
Orientações para consumidores de azeites
Ao comprar azeite de oliva, os consumidores devem estar atentos aos seguintes pontos:
- O preço deve ser compatível com a qualidade do produto.
- A embalagem deve estar intacta e com as informações obrigatórias, como a origem, a data de validade e a rotulagem nutricional.
- Mantenha o azeite em local fresco e escuro.
Os consumidores também podem denunciar casos de adulteração de alimentos ao Mapa, pelo telefone 135.