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Agricultura

Ministério da Agricultura embarga empresas de fertilizantes

Três empresas foram embargadas total ou parcialmente para adequações nas instalações e nos procedimentos de controle de qualidade

Uma força-tarefa da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi realizada na região de Camaçari e Candeias, no estado da Bahia, para fiscalização de empresas produtoras de fertilizantes minerais simples.

A região é um dos principais polos produtores de fertilizantes nitrogenados do Brasil.

Três empresas foram embargadas total ou parcialmente para adequações nas instalações e nos procedimentos de controle de qualidade das matérias-primas e produtos acabados.

Na operação, foram fiscalizados 15 estabelecimentos produtores de fertilizantes, dois importadores e dois prestadores de serviço de armazenamento. A equipe também fiscalizou empresas de cadeias emergentes, com produtos nacionais que buscam substituir parte da demanda de insumos importados para a nutrição de plantas.

Durante a ação, foram coletadas 21 amostras representativas de 27 mil toneladas de fertilizantes e 200 toneladas de remineralizadores, para análise de conformidade nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA). Ao todo foram emitidos 11 autos de infração e dez termos de intimação.

Os fertilizantes nitrogenados representam o maior volume de produtos importados e comercializados para a agricultura brasileira.

Conforme levantamento da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), em 2021, a produção nacional de ureia foi de 431.258 toneladas, suficientes para atender 6,3% do mercado. Nesse mesmo período, a produção nacional de nitrato de amônio foi de 448.539 toneladas, 16,7% da demanda.

A quantidade complementar foi importada.

Segundo os dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, até outubro de 2022 foi autorizada a importação de mais de 5,7 milhões de toneladas de ureia pelos diversos portos do Brasil.

“A frequência da fiscalização é essencial, pois no ato da ação pode-se avaliar a situação e o histórico documental, mas somente a recorrência pode constatar a implementação de melhorias nas instalações e processos de controle de qualidade. Esse conhecimento é fundamental para estabelecer os pontos críticos de controle na cadeia de fertilizantes”, relata o auditor fiscal federal agropecuário Francisco Motta Bicca, que participou pelo segundo ano consecutivo de operação nesta região.

A força-tarefa contou com a participação de dez auditores fiscais federais agropecuários de diversas unidades da Federação.

A ação foi organizada pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas e contou com o apoio logístico das Superintendências Federais de Agricultura nos estados da Bahia e Minas Gerais.

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