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Ministério garante que condições estruturais do país afastam risco de racionamento de energia

Presidente da Empresa de Pesquisa Energética diz que situação atual é diferente da que ocorreu em 2001O país tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia. Essa foi a mensagem dada nesta terça, dia 8, em entrevista coletiva, no Rio de Janeiro, pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. A EPE é vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

— Essa é a mensagem que nós estamos querendo dizer — manifestou Tolmasquim, esclarecendo, porém, que apesar disso está sendo feito o acompanhamento dos “ciclos da natureza”, referindo-se à questão das chuvas.

A situação atual é “totalmente diferente” da que ocorreu no país em 2001, segundo o presidente da EPE, quando houve um “apagão” de energia e o consequente racionamento. Àquela época, segundo ele, não havia uma quantidade de usinas térmicas de reserva suficiente para funcionar como uma espécie de seguro ou “colchão” do sistema elétrico.

— É o ponto que faz a diferença e que permite ter uma certa tranqüilidade — disse.

Tolmasquim acrescentou que “naquela ocasião, não tinha entrado uma quantidade de oferta de energia nem de linhas (de transmissão)”.

Tolmasquim relacionou a expectativa de tranquilidade em relação a 2013 à entrada prevista de 9 mil megawatts (MW) de capacidade nova de geração ao longo do ano. O destaque são as usinas hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, que adicionarão ao sistema elétrico nacional mais de 3 mil MW. As usinas hídricas correspondem a 40% dos nove mil MW.

Novas usinas térmicas também estão programadas, representando 2,5 mil MW, ou cerca de 30% do total previsto. O restante são usinas de fontes renováveis, com ênfase para eólicas (energia dos ventos). Em linhas de transmissão, serão implantados 10 mil quilômetros durante o ano.

— Essa diferença estrutural é uma situação distinta da que ocorreu em 2001 — sustentou.

Continuou assegurando que hoje, ao contrário daquela época, o país tem um planejamento instalado no setor, leilões de expansão da geração e de transmissão e ainda um comitê de monitoramento do setor elétrico que se reúne mensalmente e envolve agentes do setor, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia.

A expansão das obras em curso no país e a questão da segurança são temas de discussão permanente, garantiu. O comitê se reúne nesta quarta, dia 9, em Brasília.
Segundo ele, as usinas térmicas estão dando segurança para o sistema, embora reconheça que sua utilização é cara. Garantiu que ainda há uma margem de manobra envolvendo mil megawatts de térmicas de combustíveis fósseis que ainda não foram despachadas por motivos diversos, entre eles a importação de gás.

— O que está entrando é uma coisa planejada. Não é uma coisa emergencial. A situação está sob controle — garantiu. Reconheceu, entretanto, que seria melhor se o período de  chuvas já tivesse começado.

Em relação às tarifas de energia, explicou que a queda de 20% programada pelo governo para vigorar a partir de fevereiro deste ano poderá ser afetada por fatores conjunturais, que poderão fazer com que essa redução seja maior ou menor. Ressaltou que as avaliações feitas pelo governo sobre o cenário atual e as séries históricas dão tranquilidade ao setor.

Dados fornecidos pelo presidente da EPE mostram que, no período de 2001 a 2012, a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil. Houve aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear. Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos, salientou.

No mesmo período, a capacidade instalada de transmissão evoluiu 68%, “também um valor bastante expressivo”. Diferente do que sucedeu na época do racionamento, também aumentou em 80% a capacidade de o Sul fornecer energia para as demais regiões.

Ao mesmo tempo, triplicou a capacidade de o Nordeste, onde as previsões são de menor quantidade de chuvas,  importar energia  de outras regiões, informou. Antes de 2001, implantavam-se em média no Brasil mil quilômetros de linhas por ano. Nos últimos 10 anos, o presidente da EPE disse que a média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano.

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