Em um encontro a portas fechadas, no Palácio do Planalto, o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, teria cobrado consenso das pastas. Foram três horas de reunião sobre o conteúdo do novo Código Florestal. Ainda pela manhã desta quarta, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defendeu a viabilidade de conciliar interesses distintos.
? O ideal é que consigamos finalizar o processo da construção de um consenso, que vem sendo trabalhado pelos membros da bancada agrícola e do meio ambiente e, também, pelos ministros respectivos. Eu acredito que esse consenso esteja em vias de se realizar ? disse Rossi.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, confirmou que as discussões dentro do governo avançaram. Mas, segundo ela, ainda é preciso melhorar o texto elaborado pelo deputado Aldo Rebelo, contemplando tanto a agricultura quanto o meio ambiente.
? Assegurar toda a segurança jurídica com a produção sustentável da agricultura brasileira e proteção do meio ambiente. Ter regras claras, transparência no processo do que pode ser feito, dando condições tanto para área ambiental quanto agrícola aplicarem com segurança nos Estados, municípios e União o Código Florestal ? afirmou a ministra.
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai seguir a decisão do governo.
Sobre a possibilidade de prorrogar o decreto que, a partir de junho, impõe multa aos agricultores que não estiverem em dia com a reserva legal, Izabella Teixeira foi categórica.
? As discussões não estão na mesa como solução imediata. Estamos discutindo. É um processo de discussão para promover a regularização ambiental. Não se quer adiar nada, queremos regras claras e fazer com que seja objetiva a aplicação do novo Código Florestal.