Esta quarta-feira, dia 13, foi de novas polêmicas envolvendo mudanças propostas pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. A minuta da reforma da Previdência, divulgada na semana passada, prevê o fim de isenções ao setor produtivo.
Segundo o governo, a renúncia custa R$ 7 bilhões por ano aos cofres públicos do INSS. Atualmente, os produtores rurais recolhem 2,6% sobre a comercialização da produção como contribuição previdenciária, mas ficam isentos de pagamento quando embarcam a produção para o exterior. A proposta é vista com maus olhos pelo Ministério da Agricultura, que avalia que o setor não pode arcar com mais custos sem que seja feito um estudo sobre o impacto da medida para a cadeia produtiva.
Esse é o terceiro impasse entre os ministérios da Agricultura e o da Economia em menos de dez dias. Primeiro foi o anúncio de corte de subsídios do crédito rural, depois veio a questão da suspensão da cobrança da taxa antidumping do leite em pó da União Europeia e Nova Zelândia e agora a possibilidade do fim da isenção das exportações. A agropecuária vai conseguir sobreviver à retirada de mais esse incentivo? Miguel Daoud responde a questão.