Do encontro, saem acordos e normas de conduta para a pesca e aquicutura mundial que os mais de 190 países membros devem adotar. Mas, paralelo ao cronograma do evento, a principal missão da ministra é mobilizar maior número de países em prol de José Graziano da Silva, o brasileiro que disputa o cargo mais alto da entidade, ou seja, a direção geral da FAO ? Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
Autoridades da Somália, Madagascar, Congo, Gana e Zâmbia (países africanos), Tonga (na Polinésia), Sri Lanca e Bangladesh (Ásia) já foram contatados pela ministra nos dois dias do encontro. Além disso, o Brasil já conta com o apoio dos países da América Latina e dos que integram a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).
? Temos condições favoráveis, pois estamos desenvolvendo o grande potencial do país na produção de pescado e já possuímos a presidência da Rede de Aquicultura das Américas e da ICCAT ? maior comissão mundial que regula a pesca do atum no oceano atlântico ? lembrou.
Atualmente licenciado do cargo de Representante Regional da FAO para a América Latina e Caribe, o economista José Graziano da Silva é visto como um dos favoritos na disputa ao cargo. Possui pós-doutorados em Estudos Latinoamericanos pela University College de Londres e em Estudos Ambientais pela Universidade da Califórnia, Santa Cruz. Com larga experiência e vários títulos acadêmicos, foi Ministro Extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome no governo Lula, com a responsabilidade de implementar o programa Fome Zero.
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Eleição
O anúncio da candidatura de Graziano, feito pelo ex-presidente Lula em Cúpula da Unasul, em outubro de 2010, em Georgetown, conta com o endosso da presidenta Dilma Rouseff.
A eleição acontecerá na 37ª Conferência da FAO, de 25 de junho a 2 de julho deste ano, na Itália. O vencedor deve obter maioria simples de votos entre os 192 Estados-Membros da FAO. O mandato é de quatro anos, de 2012 a 2015, renovável por igual período.
Se Grazinao vencer a disputa, essa será a segunda vez que um brasileiro assume o posto. O primeiro foi o pernambucano Josué de Castro, de 1952 a 1957.
