Ministra reforça que não faltarão recursos para safra 2015/2016

Kátia Abreu afirma que Ministério trabalha para aumentar o custeio aos produtoresA ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou hoje, dia 25, que não faltarão recursos para o custeio do Plano Safra 2015/2016 e que eles inclusive podem aumentar, apesar dos esforços de consolidação fiscal do governo federal. 

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

– Os recursos não vão diminuir, inclusive estamos trabalhando para que eles aumentem – disse ela durante sua participação na audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Antes da sessão, o deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) declarou que a política de ajuste fiscal do governo federal tem causado apreensão entre os produtores rurais, que temem aumento de taxas de juros nos financiamentos.

– Além dessa preocupação, é uma das atribuições desta Comissão o debate acerca da política e sistema nacional de crédito rural – afirmou o parlamentar.

Kátia Abreu também falou sobre a nova forma de gestão que está tentando implementar no Ministério, buscando agilizar o andamento de processos, em um ritmo próximo ao observado na iniciativa privada.

Neste sentido, ela disse que todos os 4,936 mil processos acumulados nos últimos anos serão respondidos até o mês de abril. Segundo a ministra, solicitações simples e complexas estão emperradas em uma burocracia desnecessária e antiga, impedindo os produtores rurais de prosseguirem em suas atividades.

Ela afirmou também aos deputados que trabalhará para que o Brasil tenha uma lei agrícola com duração de quatro anos, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos e na União Europeia (UE).

Agroquímicos 

A ministra da Agricultura falou também sobre a dificuldade na liberação do registro de agroquímicos no país. Ela disse que, para sanar o problema, quer criar, pelo Executivo, a CTNFito, uma comissão que funcionaria nos mesmos moldes da CTNBio, um órgão multidisciplinar para prestar apoio técnico ao governo federal na formulação e implementação de regras para agroquímico. 

Porém, Kátia Abreu confessou que, mesmo com isso, o problema no país não seria completamente resolvido. Ela disse que ainda vai precisar do apoio do Congresso para mudar a Lei 7802/89, que rege o setor. Um dos artigos do texto proíbe o registro de produtos que revelem características danosas à saúde humana. Para a ministra, o fato não é suficiente e a legislação deveria levar em conta a análise de risco do produto em relação aos benefícios que ele oferece. Os deputados da bancada ruralista se mostraram dispostos a aceitar a proposta. 

* Com informações de Manaíra Lacerda