Na abertura do Seminário Negócios de Carbono e Sustentabilidade, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, destacou as ações e programas de MS dentro do projeto Carbono Neutro, a premiação mundial recebida pelo projeto Ilumina Pantanal e anunciou a entrega à Assembleia Legislativa, ainda nesta quinta-feira (25), de um projeto de lei tornando área de preservação permanente os banhados das nascentes do Rio da Prata e do Rio Formoso.
“Vamos entregar hoje um projeto de lei transformando todas as áreas de banhado da Bacia do Prata e da Bacia do Formoso em áreas de proteção permanente no Estado de Mato Grosso do Sul. São mais de 12 mil hectares que serão totalmente preservados em uma lei que nós construímos a várias mãos”, disse o governador Reinaldo Azambuja. Ele citou que o projeto foi feito com a participação dos outros poderes (Legislativo e Judiciário), do Ministério Público e de outras entidades.
O Seminário, feito em formato híbrido (presencial e on-line), é promovido pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) em parceria com a Wetlands International Brasil. A ação faz parte do planejamento para implementação do Plano Estadual MS Carbono Neutro em Mato Grosso do Sul, tendo como palestrantes o secretário Jaime Verruck, da Semagro, e especialistas nacionais em questões relacionadas às mudanças climáticas que vão apresentar as oportunidades e possibilidades atuais de neutralização das emissões de carbono em áreas úmidas, especificamente o Pantanal Sul-Mato-Grossense.
“O Programa Estado Carbono Neutro tem desde 2015 delineado políticas públicas, exemplo Novilho Precoce, Carne Orgânica do Pantanal e Ilumina Pantanal, que ontem foi premiado como melhor programa de geração solar e sustentabilidade do mundo todo. Ganhamos lá na Inglaterra disputando com todos os países do mundo. Então, é um eixo de ações, de plataformas de desenvolvimento para nós crescermos com sustentabilidade. E o seminário de hoje é justamente para isso: política pública, políticas da iniciativa privada, conversão de crédito de carbono para aquele produtor que deixar a floresta em pé, que recuperar as áreas degradadas, então, é um conjunto de ações e projetos que ajudam a desenvolver isso que é Mato Grosso do Sul, Estado carbono Neutro, meta ousada até 2030, mas que será sim cumprida por todos nós, parte governamental e, tenho certeza, com engajamento de toda a sociedade”, explicou o governador Reinaldo Azambuja.
O projeto Ilumina Pantanal, desenvolvido e realizado por meio de parceria entre o Governo de Mato Grosso do Sul, Grupo Energisa e Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), foi eleito o grande vencedor do Solar & Storage Live Awards 2021, na categoria “International Solar and/or Storage Project of the Year”. Por meio desse projeto, o kit de energia solar número 1.000 foi implantado nesta quarta-feira (24) no Pantanal Sul-Mato-Grossense.
De acordo com o secretário Jaime Verruck (Semagro), o Seminário vai mostrar práticas que já estão sendo implantadas em Mato Grosso do Sul. “Esse seminário, tínhamos programado antes da COP-26, e acabou se tornando ainda mais importante após a COP-26. É uma parceria nossa com a Wetlands onde nós estamos discutindo algumas soluções sobre mercado de carbono, principalmente para as áreas úmidas para o Pantanal e para o Estado todo. O objetivo, quando falamos de mudança climática e mercado de carbono, é falar de exemplos. O foco do Seminário é apresentar o Mato Grosso do Sul, o Estado Carbono Neutro, que é o nosso projeto, mas, principalmente, mostrar algumas práticas que já estão sendo realizadas no Pantanal, seja através da Embrapa, através dos produtores rurais, o próprio Ministério da Agricultura tem um plano audacioso sob o ponto de vista de baixo carbono e o objetivo é exatamente esse: identificar práticas para que possamos levar ao produtor e, a partir do produtor, conseguir gerar os créditos de carbono para Mato Grosso do Sul poder buscar o status Carbono Neutro em 2030”, disse.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, lembrou de outro projeto de Mato Grosso do Sul de importância para o Meio Ambiente: a PPP do Esgotamento Sanitário, que vai universalizar o serviço em 10 anos. Ela destacou que Mato Grosso do Sul é protagonista de uma discussão importante sobre o aquecimento global e emissões de gases que causam efeito estufa e falou do papel dos produtores rurais na defesa do Meio Ambiente. “Tenho certeza, Mato Grosso do Sul vai continuar a frente e ser protagonista de toda essa agricultura e pecuária moderna e sustentável que o Brasil também tem”, disse.