O irmão do senador Romero Jucá também afirmou que dirigentes da Conab estariam tentando elevar em R$ 5 milhões o valor a ser pago à empresa de armazenagem de grãos Caramuru Alimentos, que cobra uma dívida na Justiça. O excedente seria dividido entre autoridades do Ministério.
? Não há a menor hipótese de alguém aumentar a dívida, que alguém esteja tentando aumentar essa dívida e, muito menos, pra dividir com qualquer autoridade aqui ? afirmou o ministro.
Jucá Neto também denunciou a venda de um terreno da Conab por um quarto do valor de mercado, a fim de beneficiar o comprador, que seria amigo do senador Gim Argelo, do PTB.
? Isso é uma acusação gratuita de quem não tem credibilidade para falar de um assunto que não conhece. Ele não conhece a Conab, ele não conhece o Ministério, foi diretor por 15 dias e aprontou a ponto de nós termos que demiti-lo ? se defendeu o ministro.
O ex-diretor financeiro da Conab foi exonerado depois da denúncia de que teria feito um pagamento milionário a uma empresa fantasma.
Segundo Wagner Rossi, Oscar Jucá Neto foi alertado por funcionários da Conab de que o pagamento seria irregular. Mesmo assim, o ex-diretor teria entrado no sistema e realizado, ele próprio, o pagamento à empresa suspeita, utilizando recursos que seriam destinados ao Programa de Garantia de Preços Mínimos ao agricultor. O ministério já solicitou o bloqueio dos recursos, para que o dinheiro possa ser recuperado.
? Nós vamos até a última instância pra recuperar esses R$ 8 milhões. E vamos revisar os contratos para evitar que isso não se repita ? declarou.
Wagner Rossi apresentou aos jornalistas documentos que, segundo ele, desmentem as acusações feitas pelo ex-diretor financeiro da Conab. Já o presidente da Conab, Evangevaldo Moreira dos Santos, divulgou uma nota à imprensa, dizendo que as acusações são “mentirosas”.