A Rodada Doha é um ciclo de negociações para liberalização do comércio mundial, iniciado em 2001. Os principais impasses estão nas negociações entre os países em desenvolvimento e desenvolvidos nos setores de agricultura, facilitação de comércio, dos serviços e manufaturados. As negociações estão travadas desde 2008 por impasses envolvendo subsídios agrícolas.
De acordo com o ministro, com o aumento da produtividade, o Brasil dispõe de mais capacidade para ampliar as trocas comerciais. No entanto, os entraves nos setores de agricultura e de facilitação de comércio, por exemplo, impedem avanços na liberalização do comércio mundial.
– A proteção de mercados, isso vai contra a forma de produção e de relacionamento [dos países] – disse.
Após reuniões bilaterais com os ministros da Finlândia e da Hungria, Mendes Ribeiro pontuou que, no âmbito das trocas, o Brasil precisa aumentar as parcerias internacionais. Colocou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) à disposição da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico no mundo e com foco no aumento da produtividade e do combate à fome.
– Queremos alimentar a fome e isso não se faz sozinho – declarou o ministro, no Forte de Copacabana, onde se reúne com mais 36 ministro da Agricultura de diversos país, no Humanidade 2012, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Eles vieram acompanhar as negociações do documento final do evento.
Nesta terça, dia 19, durante a Cúpula dos Povos, evento da sociedade civil que também ocorre paralelo à Rio+20, milhares de pessoas protestaram contra “retrocessos na política ambiental”. Para esta quarta, está marcada uma grande marcha contra o Código Florestal. Apesar disso, o ministro disse que o projeto de lei não está mais nas mãos do governo federal.
– Este é assunto passou, amadureceu. Houve o debate, o governo fez o que tinha de fazer e agora é o Congresso [Nacional] que tem de dar sua opinião. O debate foi bastante amadurecido e o governo [federal] fez sua parte – concluiu Mendes Ribeiro sobre o código.