Ministério da Agricultura entrega prêmio a sojicultor que alcançou produtividade de 117,3 sacas por hectare

Paranaense Alexandre Steiz venceu as seis edições do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo Ministério da Agricultura

Paranaense Alexandre Steiz venceu as seis edições do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo Ministério da Agricultura

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, entregou nesta quinta, dia 24, os prêmios aos campeões do Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb). Esta é a sexta edição do concurso. Dez sojicultores foram premiados por alcançarem patamares de produção de soja bastante acima da média nacional, de 50 sacas por hectare. O vencedor, Alexandre Steiz, da Fazenda São Bento, em Guarapuava, Paraná, conseguiu a média de 117,3 sacas por hectare na safra 2013/2014.

Para Geller, a conquista deve-se ao domínio das tecnologias de alta performance pelos produtores, que, em resposta, obtêm mais produtividade.

– Os produtores brasileiros estão cada vez mais organizados e atentos às novas tecnologias. Em contrapartida, temos nos empenhando em solucionar os gargalos da agricultura, como é o caso dos excedentes de produção. Com isso, vemos um grande avanço no desenvolvimento da agricultura brasileira – afirmou.

O desafio, que no primeiro ano (safra 2008/2009) não teve nenhum produtor com registro superior a 90 sacas por hectare, vem alcançando médias cada vez mais altas. Nesta safra, todos os agricultores que venceram tiveram médias acima de 100 sacas por hectare.

– Este desafio proposto pelo Cesb faz com que, a cada ano, os produtores se empenhem em produzir mais e mais. Temos apoiado com legislação, orçamento para investir em tecnologias, capacitação e respostas rápidas aos enfrentamentos necessários. Queremos que o produtor tenha sucesso – sublinhou Geller, acrescentando que com tecnologia é possível quebrar as marcas no próximo ano.

Há quatro anos, Steiz, o número 1, começou a investir em tecnologia de precisão. Entre as práticas adotadas estão adubação hidrogenada e redução do espaçamento entre as plantas.

– São práticas tradicionais da agricultura; toda nova tecnologia é bem-vinda, mas não perdendo o foco das práticas com plantio bem feito e controle de pragas bem feito – destacou o produtor rural.

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– O que nós temos até então são algumas questões técnicas que têm aparecido com frequência muito grande nos produtores que alcançam essa produtividade, um deles é o arranjo espacial de plantas. O que dá para ver hoje claramente, com resultado de algumas instituições de pesquisa, é que existe possibilidade de aumento de produtividade com melhor arranjo das plantas dentro das áreas, ou seja, mudança de espaçamento, aumento de população, coisas desse tipo – explica o vice-presidente da Cesb, Odilio Balbinot Filho.

O produtor bateu o recorde de produtividade nas seis edições do desafio e foi também o vencedor da Região Sul. No Centro-Oeste, a produção vencedora colheu 109,9 sacas por hectare; no Sudeste, 100 sacas, e no Norte/Nordeste, 92,4 sacas.

– Ter aqui áreas consolidadas e auditadas que comprovam ter potencial, 100, 110 sacas por hectare, mostra a capacidade do nosso produtor e o potencial de crescimento por área plantada, que acaba promovendo sustentabilidade, porque você tem potencial de crescimento sem abrir novas áreas – acrescentou Geller.

Os vencedores do concurso ganharam uma viagem aos Estados Unidos, onde visitarão lavouras e centros de pesquisa.

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