20 MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO

Ministro do Desenvolvimento Agrário afirma que IICA fará 'ouvir voz' de agricultores familiares no G20

Declaração de Paulo Teixeira foi feita em Berlim, onde participou do Fórum Global sobre Agricultura e Alimentação

ministro Paulo Teixeria
Paulo Teixeira (2° à esq. na foto) participou de evento em Berlim, juntamente com representantes dos governos do Paraguai, do Uruguai e da Argentina (da esq. para dir.). Foto: IICA

O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) pode desempenhar neste ano um papel importante no G20 para fazer ouvir a voz dos países latino-americanos e as necessidades de milhões de agricultores familiares, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira.

Em 2024, o Brasil exerce a presidência do grupo de países com as 20 maiores economias do mundo. O G20 é considerado um dos principais foros de cooperação econômica internacional e inclui em seus debates as questões mais relevantes da agenda global, como segurança alimentar e agricultura.

“O IICA tem ampla experiência em agricultura familiar. E a maioria dos países latino-americanos e caribenhos, inclusive os que possuem uma produção industrial importante, contam com uma agricultura familiar muito forte”, disse Teixeira em Berlim, onde participou do Fórum Global sobre Agricultura e Alimentação, organizado pelo governo da Alemanha.

O evento convocou autoridades, membros de organismos internacionais e peritos de todo o mundo para discutir o fortalecimento dos sistemas agroalimentares e a coordenação de esforços no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Do Fórum Global sobre Agricultura e Alimentação também participou o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, que concordou que a presença da voz da agricultura familiar será um fato de grande transcendência na agenda do G20.

“Além de produzir alimentos para a cesta básica, os agricultores familiares são guardiões da biodiversidade e geram serviços ecossistêmicos. Ninguém como eles sabe como cuidar dos recursos. A agricultura familiar envolve 60 milhões de pessoas na região e representa 64% do emprego agrícola no continente”, disse Otero, que reafirmou o compromisso do IICA de contribuir para o êxito da presidência do Brasil no G20.

Necessidade de integração

“O combate à mudança do clima requer uma forte integração e o intercâmbio de soluções e experiências. Tudo isto afeta os agricultores familiares, e o IICA tem uma forte relação com eles em todo o continente, por meio de seus projetos de cooperação técnica, de modo que sem dúvida nos ajudará no debate sobre os desafios que enfrentamos”, acrescentou Teixeira.

Como presidente do G20, o Brasil tem neste ano uma agenda de eventos técnicos e conferências ministeriais que culminarão com a Cúpula do Rio de Janeiro em novembro. O evento reunirá os chefes de Estado das principais economias do mundo para discutir os temas-chave da agenda global.

Neste sentido, o Brasil anunciou que o combate à fome, à pobreza e à desigualdade serão prioridades da agenda do G20 nas três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental.

“A participação do IICA no G20 é muito importante, porque contribui para a experiência latino-americana”, disse Teixeira. “Vimos isso no Fórum Global sobre Agricultura e Alimentação de Berlim, onde estiveram presentes muitos países da região, incluídos todos os do Mercosul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O IICA transmitiu a mensagem dos que não estiveram presentes. Portanto o IICA, é a voz dos muitos países latino-americanos que têm uma experiência maravilhosa em agricultura familiar e que o Instituto é capaz de reunir.”