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Os agricultores chegaram por volta das 6h no local. Eles dizem que foram prejudicados com a demarcação de terras indígenas no Sul do país. Durante a manhã, os servidores tiveram acesso pela porta lateral do prédio.
Em reunião, na tarde desta quarta, representantes do grupo de manifestantes, ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, se reuniram para discutir assuntos relacionados aos prejuízos gerados aos trabalhadores rurais.
Cardozo disse que vai pedir à Justiça Federal a suspensão das desapropriações de terras em Sananduva, no Rio Grande do Sul. As desapropriações de 152 áreas no norte do Estado estavam previstas para segunda. Ele deve visitar o Estado no dia 13 de novembro, para uma mesa de negociações entre produtores e índios.
O ministro prometeu para dezembro a publicação da portaria que muda as regras para a demarcação de terras indígenas no país. A demarcação de terras será um dos assuntos tratados na audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado nesta quinta, dia 7, com a presença da presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assiratti.
A coordenadora da Fetraf-Sul, Cleonice Back, afirma que a negociação com governo federal já dura mais de cinco anos e não apresenta o avanço necessário. Cerca de 10 mil famílias vivem em situação de insegurança no Norte do Rio Grande do Sul. Os produtores não têm garantia de indenização pela desapropriação das terras e nem outras áreas para morar e produzir.
– Precisamos da garantia do direito dos agricultores. Estamos nas terras há mais de cem anos – enfatiza.
No fim desta manhã também ocorreram bloqueios em estradas gaúchas e catarinenses.