? O momento é de incerteza, podemos até fazer revisão dessa possibilidade. Mas acho possível essa projeção de crescimento de 2% para este ano e saltarmos para 4,5% no ano que vem ? afirmou Bernardo.
Alguns parlamentares criticaram a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados para os veículos com a alegação de que a renúncia fiscal acabou afetando a receita que é repassada para os municípios. O ministro defendeu a medida adotada pelo governo federal.
? Não queremos fazer cortesia com o chapéu dos municípios. Se não tivéssemos reduzido o IPI para os automóveis, no fim do ano passado, com certeza a receita teria sido muito pior ? comentou.
O assunto causa polêmica até entre os integrantes do Executivo.
? Eu sou contra em princípio a toda prorrogação do IPI. O motivo é muito simples, se eu anuncio com antecedência, sem nenhum estudo eu estou criando um problema de mercado. Ninguém compra ? explicou o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Segundo Paulo Bernardo, o governo está deixando para 2010, uma poupança de mais de R$ 15 bilhões do Fundo Soberano. Essa reserva poderá ser usada para o financiamento de empresas brasileiras com atuação no exterior e também em projetos de infraestrutura.
No próximo ano, o Executivo prevê que a receita chegue a R$ 816 bilhões, o que equivale a 24% do PIB, enquanto as despesas devem totalizar R$ 744 bilhões, 22% do PIB. A proposta ainda deve ser votada pelo Congresso nacional. O relator da matéria, deputado Wellington Roberto já antecipou que pretende incluir no texto um dispositivo para limitar os gastos com custeio público para 2010: como o pagamento de diárias e viagens aos servidores.