Para isso, Rossi está ouvindo desde pesquisadores e órgãos do próprio governo, até os tomadores dos serviços prestados pelo GTE. A tendência é de que o ministro acate as sugestões de representantes do agronegócio para dar ao núcleo uma estrutura autônoma, embora com o aproveitamento dos mesmos recursos técnicos disponíveis na Embrapa – Campinas. O núcleo inteligente do GTE seria preservado.
O serviço, que atendia os Ministérios da Agricultura, do Planejamento, órgãos da Presidência da República e organizações da sociedade, foi desmantelado pela atual administração do Centro de Monitoramento por Satélite (CMS), ao qual estava vinculado. A atual gestão vinha paralisando as diversas atividades de prestação de serviços. O desmanche culminou com a demissão do então supervisor do GTE, Claudio Spadotto, e com a dispersão de sua equipe.
Depois que o fato se tornou público, o ministro passou a receber manifestações de desagrado dos órgãos governamentais e do próprio governo. Setores do Ministério da Defesa, que mantinham parcerias com o GTE, inclusive para o monitoramento das fronteiras, estão entre os que se insurgiram contra a medida. A Casa Civil da Presidência usava a tecnologia para acompanhar o andamento de mais de 400 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Rossi teve dois encontros com o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, e teria manifestado desagrado com a condução da crise. A solução ainda não foi anunciada porque o ministro não conseguiu se encontrar com o ex-supervisor do GTE. Spadotto passou por uma cirurgia e depende de liberação médica para viajar a Brasília.