A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pretende enviar uma missão à China para tentar ampliar as exportações de carne suína, bovina e de frango. De acordo com o que foi comunicado no domingo, dia 17, a viagem deve ocorrer na primeira semana de maio.
A intenção é aumentar o número de frigoríficos com habilitação sanitária para exportar para o país asiático. Hoje, os chineses são os maiores parceiros comerciais do Brasil.
Os embarques de soja também devem entrar em pauta na missão. De acordo com a Safras & Mercado, o Brasil pode perder um pedaço da demanda asiática com o Estados Unidos muito perto de um acordo, que colocará fim à guerra comercial.
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Parceiro estratégico
Tereza Cristina ressaltou a importância da China para a agricultura brasileira. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), referentes a 2018, mostram que o gigante asiático se manteve como principal destino das nossas exportações, chegando a US$ 64,2 bilhões no ano passado. A ideia, segundo a ministra, é também aumentar o leque de produtos exportados para o país.
“O governo chinês têm mostrado desconforto com a retórica anti-chinesa que permeia o discurso do presidente Jair Bolsonaro desde a campanha”, afirma.
Recentemente, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, questionou se a parceria seria tão benéfica para o Brasil quanto se apregoa. “De fato, a China passou a ser o grande parceiro comercial do Brasil e, coincidência ou não, tem sido um período de estagnação para nós”, insinuou. O chanceler afirmou que o Brasil quer vender minério de ferro e soja, mas não vai “vender a alma” para isso.
Mas o governo já começou a baixar o tom após a repercussão negativa entre produtores. O próprio Bolsonaro entrou em campo e, na última quinta-feira, dia 14, durante uma transmissão ao vivo pelo Facebook, afirmou que a China é uma “grande parceira” e que pretende ir ao país no segundo semestre deste ano.
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