O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, esteve nesta quinta-feira, 31, em Passo Fundo (RS) para acompanhar a agenda da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) e anunciou o aumento da mistura do biodiesel no diesel fóssil de 11% para 12% no leilão de março de 2020.
“Ele confirmou ainda que dará ao cronograma que prevê que, até 2023, deve ter a mistura de 15% em cada litro de diesel consumido no Brasil. Esse é um número extremamente significativo e, só no ano que vem, serão 700 milhões de litros a mais nessa mistura”, contou o presidente da FPBio, deputado federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS).
Segundo o parlamentar, a expectativa é de que até a mistura chegar aos 15%, as indústrias deverão receber investimentos de aproximadamente R$ 2 bilhões. “Cada ponto percentual adicionado à mistura representa mais emprego, renda e sustentabilidade. Por outro lado, quanto maior a produção e o consumo do biodiesel, menor será a nossa dependência de diesel fóssil importado”, acrescentou Goergen. O parlamentar destaca que o biodiesel vem atendendo a todas as exigências técnicas de qualidade e passa por testes periódicos junto aos fabricantes de veículos e motores.
O cumprimento do cronograma de adição pode fazer do Brasil o maior produtor mundial de biodiesel. Atualmente, o país está atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2018, a produção nacional foi de 5,3 bilhões de litros e a estimativa é de que tenhamos uma produção recorde de 6 bilhões de litros em 2019. Outro reflexo importante da elevação da mistura é no complexo soja. A estimativa é de que haja um acréscimo de 15 milhões de toneladas no processamento da oleaginosa, que representa agregação de valor à produção agrícola e uma maior demanda por investimentos do setor privado.