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32 MIL LITROS APREENDIDOS

Mistura de suco, corante e álcool feita no PR era vendida como 'vinho colonial gaúcho'

Ministério já havia fiscalizado grupo que vendia produtos adulterados em rodovias, e conseguiu identificar fabricante com ajuda da polícia

apreensão de vinho falsificado
Foto: Mapa/divulgação

Uma operação conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da Polícia Civil do Paraná resultou na descoberta e interdição de uma fábrica clandestina de vinhos na zona rural de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

Durante a operação, realizada na última sexta-feira (21), foram apreendidos aproximadamente 32 mil litros de vinho fraudado, envasados em 16 mil garrafas prontas para venda local, além de 16,5 mil embalagens vazias.

A fábrica misturava suco, álcool e corante, enganosamente rotulando o produto como “vinho colonial gaúcho”, supostamente produzido em Caxias do Sul (RS).

O responsável pela fábrica foi encontrado no local e preso em flagrante e deverá responder por falsificação de produtos alimentícios.

O chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná (Sipov-PR), Fernando Mendes, relatou que o Mapa já havia fiscalizado esse grupo que comercializava produtos adulterados nas margens das rodovias, resultando em várias apreensões comerciais. Agora, com a colaboração da Polícia Civil do Paraná, conseguiram identificar a unidade de produção.

“Desde 2022, o Mapa realizou diversas ações de fiscalização em estabelecimentos desse grupo, que vendiam produtos fraudulentos. Essa operação da última sexta-feira foi um desdobramento de ações passadas, que permitiu ao Mapa, em conjunto com a Polícia Civil, chegar à fábrica clandestina de vinho. O trabalho que vinha sendo feito envolveu fiscalização, autuação, coleta de amostras, apreensão de produtos e resultou em 28 processos administrativos contra o grupo empresarial no Mapa”, disse Mendes.

De acordo com representante do Sipov-PR, essa operação de fiscalização tem dois importantes desdobramentos: os perigos à saúde do consumidor e a concorrência desleal com o mercado.

Esse tipo de produto, segundo ele, é produzido com condições de higiene sanitária precária e matérias-primas de origem desconhecida, sem controle de qualidade e sem rastreabilidade.

“Outro ponto que é importante destacar é a perturbação que esse tipo de estabelecimento provoca no mercado; tem vinícolas tradicionais no Paraná, produzindo produtos de excelente qualidade que precisam competir com esses produtos fraudados, adulterados”, disse.

“Produtos fraudulentos prejudicam a reputação dos vinhos nacionais, criando concorrência desleal com os que são produzidos dentro das normas e regulamentações do Ministério da Agricultura e que passam por rigorosos processos de controle de qualidade”, afirmou o presidente da Associação dos Vitivinicultores do Paraná (Vinopar), Claudinei Bertoletti.

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