A Unica informou que dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) apontam uma queda de 20,7% na produtividade agrícola da área colhida até o fim de maio, quando comparada com o mesmo período da safra passada. A queda é explicada pela colheita de áreas mais velhas, pela ausência de volume significativo de cana que não pôde ser colhida na safra passada e que ficou no campo por mais de uma safra e ainda pelo menor desenvolvimento vegetativo da planta em função das condições climáticas.
Na avaliação do diretor-técnico da Unica, Antonio Padua Rodrigues, o clima seco, que proporcionou o avanço acelerado na colheita castigou, no entanto, ainda mais o desenvolvimento da lavoura a ser colhida nos próximos meses. Diante disso, a Unica informou que, juntamente com os demais sindicatos e associações da região Centro-Sul e o CTC, realiza um novo levantamento da cana disponível para moagem junto às unidades produtoras. “Após a conclusão do trabalho, no início de julho, a entidade irá se posicionar em relação à revisão da projeção de produção para a safra 2011/12”, informou a Unica em nota.
No acumulado desde o início da safra, a concentração de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de matéria-prima atingiu 116,31 quilos, índice 3,73% inferior aos 120,81 quilos registrados em igual período de 2010. Na última quinzena de maio, a quantidade de ATR por tonelada de cana atingiu 127,09 quilos, valor 1,47% inferior aos 128,98 quilos de igual quinzena de 2010.
No acumulado desde o início da safra, a produção permanece mais alcooleira comparada ao último ano. Neste período, 57,12% da matéria-prima disponível direcionou-se à fabricação de etanol e 42,88% à de açúcar.
A produção de açúcar atingiu 4,735 milhões de toneladas, queda de 28,8% ante as 6,65 milhões de toneladas fabricadas em igual período da safra 2010/11. Já a produção de etanol alcançou 3,88 bilhões de litros, queda de 28,74% ante os 5,451 bilhões de litros de igual período da safra passada.
No acumulado da safra, a produção de anidro chegou a 1,472 bilhão de litros, alta de 13,32% ante os 1,299 bilhão de litros produzidos até 1º de junho na safra passada. A alta é explicada pela demanda pelo combustível misturado em 25% à gasolina, diante do crescimento do consumo do combustível de petróleo. Já a produção de hidratado despencou 41,9% se comparados os mesmos períodos, de 4,151 bilhões de litros para 2,412 bilhões de litros.