O grupo Florestas trabalha com a fibra de juta, cipó ambé e cipó titica, sementes, sobras de madeira e de látex com detalhes coloridos em chita. Com esse material, 39 artesãs de duas comunidades às margens do Rio Madeira e outra da cidade de Manicoré, a 390 quilômetros de Manaus, fazem bolsas, chapéus, acessórios e roupas. Os homens colhem o látex para produzir borracha e as mulheres aproveitam a sobra em delicadas peças de artesanato.
O grupo Lã Pura é formado por artesãs de dois municípios da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul ? São Borja e Uruguaiana. A matéria-prima é a lã de ovelhas e carneiros da raça crioula. A lã é tingida, fiada e transformada em xales, mantas, echarpes e vestuário. As artesãs gaúchas também usam crina de cavalo para a confecção de bijuterias e bolsas, com uma proposta que une o tradicional ao contemporâneo.
O projeto também começa a vender peças para a Inglaterra e já começou a negociar com Japão e Bélgica.
O Talentos do Brasil é desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), e conta com as parcerias do Programa Texbrasil (ABIT e APEXbrasil) e com o apoio da Agência de Cooperação Alemã (GTZ) e do Ministério do Turismo (MTur). O projeto é um importante instrumento de geração de trabalho e renda para artesãs da agricultura familiar por meio do fortalecimento do processo de gestão, promoção e comercialização dos grupos artesanais. Reúne cerca de duas mil artesãs e artesãos do meio rural de 12 Estados brasileiros, organizados em 19 cooperativas que, juntas, integram a Cooperativa Nacional Marca Única ? Cooperunica. O projeto possui um portfólio com mais de 1.500 produtos.