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Modais tornam etanol produzido em Mato Grosso do Sul mais competitivo

Transporte utilizado pela América Latina Logística deve reduzir custos de freteO etanol produzido em Mato Grosso do Sul (MS) deve ficar mais competitivo a partir deste ano. Com o transporte ferroviário da produção realizado diariamente pela América Latina Logística (ALL) desde 19 de janeiro, os custos de frete devem cair. Este material faz parte da "Perspectiva Sucroalcooleira" da Agência Leia.

Para Tarcilo Rodrigues, diretor-executivo da Trading BioAgência, é extremamente positivo o início do transporte de etanol de Mato grosso do Sul por via ferroviária.

– Assim temos a ferrovia onde ela é competitiva. A distância é muito grande e os custos de transporte eram elevadíssimos – afirma Rodrigues, apontando que isso tornará mais atrativa a produção da região.

O gerente de Líquidos da ALL, Luís Gustavo Vitti, conta que, em 2007, a empresa fez um mapeamento dos Estados mais importantes na produção de etanol e, então, criaram terminais no Paraná e em São Paulo. Em seguida, partiram para Mato Grosso, onde instalaram um terminal no ano passado, e, por fim, chegaram a Mato Grosso do Sul, iniciando o transporte para Paulínia.

– Mato Grosso do Sul é o Estado que faltava para a gente captar. Com isso, fechamos um ciclo – diz Vitti. 

Até agora, a companhia levava principalmente diesel e gasolina da refinaria Replan, em Paulínia, para Campo Grande, somando cerca de 400 milhões de litros por ano. O vagão era descarregado e o combustível era utilizado por maquinário agrícola, por exemplo. No entanto, os vagões voltavam vazios. A companhia se utilizou, então, da malha ferroviária já existente, instalou um terminal em Campo Grande e passou a utilizar também o retorno dos vagões.

– Existe na região do entorno de Campo Grande [em um raio de 150 quilômetros ao redor da cidade e ainda em MS, um mercado produtor potencial de 600 milhões de litros por ano – calcula Vitti.

Para Roberto Hollanda, presidente da Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), é natural que surjam alternativas para transportar o etanol.

– A região está crescendo e o mercado vai cuidar do escoamento de nossa produção – afirma.

A região, que representa cerca de 6% da safra nacional – de acordo com dados da Biosul – também estará próxima do etanolduto, sistema intermodal que servirá as regiões de Goiás, São Paulo e Minas Gerais até o litoral de São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa da ALL é de transportar inicialmente 750 mil litros de etanol por dia, utilizando 15 vagões, totalizando ao final do ano cerca de 200 milhões de litros. A capacidade da companhia, no entanto, é de transportar 400 milhões.
Vitti aponta que o modal é 70% mais eficiente no consumo de diesel, além de trazer segurança para a estrada ao diminuir o fluxo de caminhões. O foco da companhia em 2012 será de fechar parcerias para chegar até os portos.

Para atuar em Paranaguá, a companhia já estabeleceu parcerias, e o porto de Santos é o próximo passo. O intuito é poder trabalhar com importações e exportações de etanol.

– No ano passado, mesmo com uma quebra no mercado, a área de combustível da companhia cresceu 8% – justifica Luís Gustavo Vitti.

– A ferrovia é ideal para transportar grandes distâncias – completa Rodrigues.

O diretor diz que Mato Grosso do Sul é um bom lugar para se plantar cana-de-açúcar, pela terra e clima, mas a desvantagem da região era exatamente a logística. Ele lembra, no entanto, que é preciso observar a capacidade da ferrovia e a possibilidade de realmente escoar a produção. 

– Já é um grande passo para poder viabilizar novos investimentos no Estado – diz.

Ainda não há projeções para a próxima safra, mas a perspectiva é positiva. 

– Como ainda temos no Mato Grosso do Sul muitas unidades em fase de consolidação de canaviais, a expectativa é de que aumente a safra. No entanto, ainda não temos essa análise completa – afirma Hollanda, lembrando que a safra que acabou de se encerrar tinha uma projeção inicial de 20% de crescimento, mas, devido às chuvas, cresceu menos que 1%.

Para a safra 2011/2012, a projeção inicial da Biosul era de 2,05 milhões de metros cúbicos, após produzir 1,84 milhão no ano anterior e 1,26 milhão na safra 2009/2010.

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