O programa Moderfrota, que envolve incentivos à compra de máquinas e implementos agrícolas, foi o destaque no financiamento agropecuário nos primeiros cinco meses do ano-safra 2016/2017, de acordo com informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No período, o Moderfrota somou contratações de R$ 3,5 bilhões.
“Esse valor é um indicativo da confiança dos agricultores em relação às atividades que desenvolvem no campo e às perspectivas de colher uma supersafra de grãos, estimada em 213,1 milhões de toneladas pela Conab”, diz o diretor de Crédito e Estudos Econômicos do Mapa, Wilson Vaz de Araújo.
Por causa do aumento da procura, o Ministério da Agricultura conseguiu com o Ministério da Fazenda aporte adicional de R$ 2,5 bilhões para o programa, que deve ser autorizado nos próximos dias. Com isso, o valor total para o Moderfrota passará de R$ 5 bilhões para R$ 7,55 bilhões neste ano-safra.
Outros programas de investimento que tiveram aumento das contratações nesses primeiros cinco meses de execução do Plano Agrícola e Pecuária 2016/2017 foram o Pronamp e o Procap-Agro. Segundo o ministério, as contratações do Pronamp passaram de R$ 461 milhões para R$ 993 milhões na comparação com igual período do ano passado. Já os contratos do Procap-Agro aumentaram 50%, alcançando R$ 1,1 bilhão.
No conjunto, os programas de investimento teriam aumento 12% em relação ao mesmo período da safra anterior, chegando a R$ 9,9 bilhões. As contratações de crédito rural com recursos provenientes da emissão da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) totalizaram R$ 7,7 bilhões, de junho a novembro deste ano, contra R$ 3,6 bilhões de igual período da safra anterior, informou o Mapa.
Queda no financiamento total
A contratação de financiamento agropecuário nos cinco primeiros meses da safra 2016/2017 caiu 8%, de R$ 62,085 bilhões de julho a novembro de 2015 para R$ 57,13 bilhões no mesmo período deste ano. Os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura mostram que apenas os empréstimos para investimento cresceram em relação ao ano anterior, de R$ 8,905 bilhões para 9,963 bilhões. A contratação para custeio caiu de R$ 42,612 bilhões para R$ 34,864 bilhões. Para comercialização a contratação caiu de R$ 10,568 bilhões para R$ 9,939 bilhões.