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Modernização e agronegócio evoluem em harmonia na agrocapital Campo Grande

Principal cidade de Mato Grosso do Sul virou destaque do setor no paísDe uma pequena vila fundada por colonizadores mineiros, Campo Grande transformou-se na cidade mais importante de Mato Grosso do Sul. Em 109 anos de história, a capital do Estado virou destaque no agronegócio nacional, e mesmo com o crescimento focado na urbanização, o campo ainda contribui para a geração de renda do município.

 

O monumento do carro de boi, que simboliza a chegada dos primeiros colonizadores no final do século XIX, é uma imagem que representa muito pouco da realidade atual de Campo Grande, uma cidade em constante crescimento.

O desenvolvimento guiado pela modernização chegou e o concreto avançou sobre o campo: vieram as praças – que valorizam os encantos do pantanal – , os prédios e o asfalto. O cenário da cidade, que já foi o principal centro comercial bovino da região, mudou. Hoje, mais de 90% dos 720 mil habitantes vivem na zona urbana.
 
A economia de Campo Grande, que se tornou capital de Mato Grosso do Sul em 1977, é baseada na geração de renda das indústrias, comércio e serviços. Mas apesar da urbanização, o campo ainda tem papel importante nas finanças da cidade, como explica o consultor da BM&F Centro-Oeste João Pedro Cuthi Dias:

? Apesar da economia de Campo Grande estar focada em outros setores, todos dependem da produção agrícola e do bom desenvolvimento do setor primário, já que as indústrias instaladas na cidade (na grande maioria) dependem da matéria prima que vem do campo.
 
O presidente da Associação de Produtores de Sementes e Mudas (Aprossul), Carmélio Romano Roos, afirma que embora não tenha uma vasta produção de grãos, a cidade possui produção de hortifrutigranjeiros, aves, suinocultura, e pecuária que mesmo em escalas não muito grandes, refletem a importância do setor no município..
 
Conhecida como cidade morena, por causa da cor escura do solo, Campo Grande é referência em um Estado que tem a agropecuária como a principal locomotiva do desenvolvimento. A capital sul-mato-grossense, que a cada ano ganha ares de metrópole, possui um dos maiores parques frigoríficos do país, com capacidade de abater em média 10 mil bois por dia. O índice representa um resumo do potencial pecuário de Mato Grosso do Sul, que possui o segundo maior rebanho bovino do país com mais de 21,8 milhões de animais.
 
O Estado é responsável por 6% dos grãos produzidos em todo o Brasil. Números que, segundo os representantes da classe produtora, reforçam a necessidade do desenvolvimento da capital andar lado a lado com o avanço da produção no campo. Uma condição ímpar para que o setor minimize as barreiras para o crescimento.
 
? Campo Grande como capital é a cidade mais importante do Estado e é a que, sem dúvida, pode abrigar iniciativas e empreendimentos que vão refletir em todo o agronegócio do Estado. Inclusive, com estrutura de modais, de logística, que possam facilitar o agronegócio do Estado como um todo. O desenvolvimento da classe política ligada a este setor, ao comprometimento deste setor que é tão importante para a economia do Estado deve ser priorizado pela classe política ? declarou Eduardo Riedel, vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul).

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