As duas plantas são consideradas o principal problema do sojicultor, mas o produtor atento consegue evitar a incidência delas na lavoura
O capim amargoso é uma espécie nativa do continente americano e é considerada uma importante planta invasora. O potencial dessa planta aumenta por causa da possibilidade das sementes serem carregadas pelo vento a longas distâncias, além de um bom poder de germinação. A buva também tem sementes que se disseminam fácil, ela pode produzir até 200 mil sementes. Essas duas plantas daninhas competem com a soja pela busca de nutrientes.
O pesquisador da Embrapa Soja Fernando Adegas reforça que a entressafra é o momento que começa o controle da buva do amargoso. Segundo ele, essa deve ser uma prática sistemática, já que esse é um risco permanente.
– Agora, os produtores devem começar a fazer o controle dessas plantas já emergidas, porque elas ainda estão pequenas e a situação de aplicação é boa. O agricultor terá que utilizar os herbicidas específicos, tanto para a buva quanto para o amargoso. Em alguns casos, ele vai ter que fazer mais de uma aplicação. O controle precisa ser feito durante o ano todo, pois, são plantas com alto potencial de competição com a soja e devem ser controladas – comenta Adegas.
Dica do pesquisador
– Quanto mais coberto for o solo, menos problemas com buva e, um pouquinho menos, com o capim amargoso. Quanto melhor for a nossa cultura da soja, com vigor e crescimento rápido, ela vai ajudar a competir com essas plantas daninhas. As boas práticas agrícolas, como cobertura de solo, uma lavoura bem instalada e desenvolvida também ajudam a combater essas plantas daninhas. E pode ser uma economia para o agricultor – completa o pesquisador da Embrapa.
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