A técnica é essencial para manter a eficácia da tecnologia Bt
Os produtores devem adotar o refúgio sanitário para garantir a eficiência da tecnologia Bt, é o que afirma o pesquisador da Embrapa Soja Adney Bueno. Sem ele, as pragas podem se tornar resistentes ao novo grão e, com isso, tirar a efetividade que a soja geneticamente modificada possui.
O especialista explica o processo do refúgio sanitário. A prática consiste em cultivar, ao redor das lavouras de soja Bt, plantas comuns da oleaginosa. Fazendo isso, os insetos imunes ao Bt e os insetos comuns produzem novas pragas suscetíveis à tecnologia Bt, o que garante que a tecnologia vai funcionar.
– O produtor precisa plantar uma soja RR, mas não Bt. O objetivo do refúgio é gerar insetos suscetíveis ao Bt, que vão cruzar com os insetos resistentes ao Bt, tornando as crias também suscetíveis à tecnologia. Isso vai preservar o controle da eficiência da soja Bt – explica Bueno.
O inseticida deve ser usado apenas quando recomendado. Quando estiver muito alto o número de insetos, o produtor deve aplicar. Com isso, o produtor não perde a produção da soja do refúgio.
Dica do pesquisador
– Adote o refúgio e faça o manejo integrado de pragas, isso garante ao produtor que as pragas não serão um problema – completa Adney Bueno.
Clique aqui e veja o Momento Soja sobre refúgio sanitário.