Morre Orestes Quércia, ex-governador de SP e conhecido nelorista

O político de 72 anos era conhecido com a marca Nelore Top da RaçaFaleceu nesta sexta, dia 24, o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. O político de 72 anos, que percorreu grande trajetória dentro do PMDB, combatia um câncer na próstata, que havia sido tratado há mais de 10 anos.

Quércia, que possuía uma propriedade no município de Pedregulho (SP), a 40 quilômetros de Franca, era nelorista conhecido com a marca Nelore Top da Raça. A fazenda Nossa Senhora Aparecida iniciou suas atividades no Nelore PO no ano de 2004. Em 2007 adquiriu suas primeiras doadoras de ponta no Leilão de Liquidação de Plantel da Fazenda Santa Nilza, melhor criador da raça em 2005.  A propriedade também se destava na produção de café especiais. 

Quércia começou sua carreira política em Campinas, onde foi eleito vereador em 1962. Foi também deputado estadual e prefeito do município pelo extinto MDB. Ele ocupou ainda mandato no Senado em 1974. Na década de 80, concorreu a vice-governador de São Paulo na chapa de Franco Montoro. Em 1986, foi eleito governador. No governo, criou a Secretaria do Menor e duplicou a Rodovia Anhanguera. Desde 1991, não vencia uma disputa eleitoral. Chegou a concorrer ao governo estadual e ao Senado. Este ano, anunciou que concorreria novamente ao Senado, mas, por causa da doença, desistiu da disputa.

O corpo do ex-governador foi velado durante a tarde no Palácio dos Bandeirantes. Parentes, amigos e políticos estiveram presentes, entre eles, o ministro da agricultura, Wagner Rossi, que ressaltou a importância de Quércia para o interior paulista:

? Todos os seus vínculos foram com o interior. Ele conseguiu algo extraordinário que foi fazer, pela primeira vez, o interior de São Paulo passar a Região Metropolitana em renda e produção. E isso mostrou, naquela época, o potencial do interior do Estado. Sem duvidas perdemos um grande político, cafeicultuor e amigo.

Em entrevista coletiva, o atual governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman, disse que o maior legado do político foi a transparência.

? Sem duvida, o maior legado dele foi a transparência. Era como a “política de bigode”, não precisava escrever nada, assinar nada, bastava apenas uma palavra, a conversa.

O primo Ari Quércia lembrou da contribuição do político para a cafeicultura brasileira.

? Ema perda irreparável, não tem preço. Com certeza o maior agricultor da região. No café, mais de cinco milhões de pés e mais o que ele fez para melhorar a qualidade do grão que atendia, inclusive, a região.