Morreu nesta quarta-feira, dia 26, Shiro Miyasaka, um dos pioneiros na pesquisa sobre a cultura de soja no Brasil. Formado em agronomia pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em 1951, Miyasaka foi chefe da seção de leguminosa do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). O pesquisador, nascido na ilha japonesa de Hokkaido, tinha 92 anos e morreu de causas naturais.
Segundo a nota de falecimento divulgada pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), o pesquisador foi o primeiro japonês a se doutorar em agronomia no Brasil. Depois disso, percorreu todo o país como assessor da área de financiamento de pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), enquanto coordenava o livro A soja no Brasil (1981), considerada referência no assunto. Seus últimos trabalhos foram com pesquisa sobre o uso da biomassa como alternativa aos agrotóxicos.
Na soja, as pesquisas efetuadas por Miyasaka, em meados de 1952, envolveram pela primeira vez, cruzamentos de cultivares que já haviam sido introduzidas no Brasil com outras procedentes dos Estados Unidos.