Nas cidades de Itaporanga, Buri, Itaberá, Barão de Antonina e Riversul a infestação levou comerciantes a trabalharem com as portas fechadas. Internautas registraram as ‘nuvens’ de insetos nas ruas. A presença da mosca branca é mais notada na parte da manhã. Sob o sol quente, os insetos se abrigam em locais sombreados.
O engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura em Itapeva, Paulo Roberto Leite, explicou que a praga se prolifera no período de calor, infestando as plantações de soja e feijão que se estendem por 150 mil hectares na região. A mosca se alimenta da seiva dessas plantas e, ao sugá-las no caule, transmite uma virose que acaba matando a plantação. Nos últimos anos, a proliferação aumentou tanto que os produtores de feijão deixaram de cultivar o grão nesta época do ano.
Como a lavoura de soja está em expansão e já ocupa terras próximas da área urbana, o inseto migra para a cidade quando ocorre a aplicação de inseticida no campo.
— Não há como fazer o controle na cidade, pois os inseticidas são exclusivos para uso agrícola — disse.
Quando a soja amadurece, os insetos ficam sem alimento e migram ou desaparecem. A mosca branca, segundo ele, não pica, nem transmite doenças ao homem.
— Incomoda, mas não causa mal — disse.