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Mosca branca é tema de seminário em Uberlândia (MG)

Praga é considerada uma das piores para a agricultura e foi a responsável pela alta dos preços do feijão este anoProdutores rurais e técnicos de todo o país reúnem-se na terça, dia 5, e quarta, 6, para um seminário em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que busca encontrar soluções para combater a mosca branca, considerada uma das três principais pragas que atacam a agricultura brasileira. O alto preço do feijão, que assustou os consumidores este ano, foi consequência do ataque da praga, que dizimou plantações e reduziu a oferta. Pesquisadores alertam que há pouco investimento em estudos sobre a mosca branca

O inseto ataca de duas formas conhecidas: em algumas culturas, suga a seiva, injeta toxinas e reduz a produção; em outras, transmite um vírus que inviabiliza novos plantios na mesma área, caso não tenha sido realizado o vazio sanitário na área.

>> Vazio sanitário: saiba quais Estados adotam medida e os períodos estabelecidos em cada região

A mosca branca ataca centenas de plantas. As culturas que mais sofrem prejuízos são o feijão, a batata, o tomate e o melão. Quando o consumidor de feijão sente o aumento do preço no início do ano, a mosca branca é a responsável.

– Foi o que aconteceu na última safra, principalmente no Distrito Federal, em Minas Gerais, na região de Unai, Cristalina, os agricultores perderam praticamente todo o feijão devido à transmissão de doenças pela mosca branca. Nos supermercados, os preços ficaram altos – lembra a entomologista da Embrapa Arroz e Feijão Eliane Quintela.

A lavoura do produtor Serzyo Nishioka, de Cristalina, foi atacada pela praga, que gerou perdas de 75% da produção de batatas plantada em janeiro.

– Nós estamos pensando em parar de plantar. Vamos ter que fazer o vazio sanitário para evitar esse problema.

Alberto Fereres é pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa Científica da Espanha e acompanha o avanço da mosca branca na região de Murcia Almeria, maior superfície de plantio em estufa da Europa. Ele recomenda a quebra do ciclo de doenças.

– Há regiões na Espanha em que os produtores não podem voltar a plantar e cultivar a mesma cultura. Ano após ano, é preciso quebrar este ciclo, o que significa usar culturas que não são suscetíveis ao inseto, como milho, cereais de inverno e algumas culturas que fazem barreiras naturais. Precisamos cultivar de maneira a não repetir cultura ano após ano – alerta.

Ao contrário de outros países, o Brasil tem estudado muito pouco sobre a mosca branca. A pesquisa tem se concentrado no controle químico e, muitas vezes, de forma equivocada. A praga está presente em praticamente todas as regiões agrícolas, principalmente em regiões de clima tropical e subtropical. A transmissão do Vírus do Mosaico Dourado do Feijoeiro (VMDF) pode reduzir em até 100% a produtividade, de acordo com dados fornecidos pela Embrapa Arroz e Feijão.

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