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Mosca-da-haste se espalha e já há casos do inseto em lavouras de soja de MT

Segundo o Cesb, praga antes encontrada apenas no Sul do país, agora é vista em plantações de diversos estados. A recomendação é que ao encontrá-la, o produtor chame a Embrapa

Diante de um possível alastramento do inseto conhecido como mosca-da-haste (melanagromyza sojae), o Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) está alertando produtores de diversas regiões do país a monitorar as lavouras. Segundo a entidade, a mosca que antes se confinava na região Sul do Brasil, durante a safra 2018/2019, apareceu também em Minas Gerais, Goiás, Bahia e Mato Grosso.

“Ainda não sabemos as condições climáticas que ela utiliza para se expandir, por isso temos que ficar atentos ao aparecimento para entendermos o seu comportamento”, explica o professor e pesquisador da Embrapa, Décio Gazoni, também membro fundador do Cesb.

A mosca é uma praga com ampla distribuição no continente asiático, mas na América do Sul foi detectada nos anos de 1980, em pontos isolados do sul do País e no Paraguai. Por algum tempo a mosca não apresentou problemas graves no campo e chegou a ser esquecida.

Porém, devido à intercorrência mais ampla nesta safra a indicação do Cesb é que o produtor solicite, em casos de infestações, a presença imediata de técnicos da Embrapa, ou equipes especializadas de universidades próximas ao local de plantio da soja. “O estudo da mosca ainda é incipiente, mas com a colaboração dos produtores vamos reunir cada vez mais informações para o combate desse inseto”, orienta Gazoni.

Descrição

A Melanagromyza sojae ou mosca-da-haste é um pequeno inseto que mede entre 2 a 3 mm. Tem coloração negra e abdome verde metálico. Os ovos não são vistos. As larvas são de coloração amarelo-claro, translúcidas. Completamente desenvolvidas, medem até 4 mm. As pupas são cilíndricas, de coloração amarelada passando a marrom e medem 2 mm de comprimento. As plantas atacadas podem apresentar diminuição na estatura e no número de flores, vagens e grãos, além de massa seca acumulada e redução da nodulação por Rhizobium.

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