Movimentação de containeres em Santos ficou paralisada na sexta devido à greve

Atualmente, 32 fiscais agropecuários atuam no portoOs fiscais agropecuários completaram o segundo dia de greve geral em todo país. Somente o Porto de Paranaguá, no Paraná e o aeroporto de Viracopos, em Campinas, mantiveram as operações. Segundo o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, a adesão ao movimento foi superior a 90%. Os fiscais questionam as indicações políticas para quadros do Ministério da Agricultura e pedem novos concursos públicos para o preenchimento de vagas.

>>Fiscais agropecuários federais entram em greve geral em todo o país

Em Santos, litoral de São Paulo, a movimentação de contêineres ficou paralisada. No Porto de Santos trabalham 32 fiscais agropecuários. O ideal, segundo o sindicato, seria no mínimo 50 profissionais. Segundo o fiscal agropecuário, Flávio de Oliveira da Silva, diariamente passam pelas mãos dos veterinários e agrônomos de 2.500 a 3.000 contêineres por dia.

– O papel do fiscal no porto de Santos é inspecionar as cargas agrícolas e pecuárias, e também, as embalagens de madeira. Na verdade, a gente assegura a qualidade fitossanitária e a segurança alimentar do brasileiro – salienta Silva.
 
Os fiscais federais agropecuários acompanham a greve nacional da categoria. Na quinta, dia 29, não houve inspeção nem liberação de contêiner. Nesta sexta, dia 30, os profissionais voltaram a fazer inspeção, mas a liberação de contêineres tanto para importação quanto exportação, continua suspensa. A preocupação é com o acúmulo dentro dos terminais.
 
Segundo informações dos fiscais agropecuários, o limite razoável são 5 contêineres empilhados na vertical. Acima disto já começa a comprometer a operação dos terminais. Por enquanto a situação está sob controle. O problema pode ocorrer a partir da próxima segunda.
 
– O terminal que tiver capacidade de suporte e aceite contêineres não causa problema. O problema é quando chega no limite que não dá para receber mais carga se não houver mais liberações. Hoje, já tem o reflexo de um dia parado, segunda já são dois dias parados e cerca de 5 a 6 mil contêineres parados no porto de Santos. Isso pode causar retenção de mercadoria certamente – disse Silva.
 
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o porto, até agora a greve dos fiscais agropecuários não causou prejuízo nem atrasos nas operações portuárias.

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