? A produtividade da área não pode esconder que a Cutrale grilou terras públicas, que estão sendo utilizadas de forma ilegal, sendo que, neste caso, a laranja é o símbolo da irregularidade. A derrubada dos pés de laranja pretende questionar a grilagem de terras públicas ? diz o documento.
A fazenda, localizada a 300 quilômetros da capital paulista, foi tomada por cerca de 350 famílias, no último dia 27. O MST também acusa a Cutrale de formação de cartel na produção de sucos e de despejos de esgotos sem tratamento em diversos rios da região.
? A empresa também já foi autuada inúmeras vezes por causar impactos ao ecossistema, poluindo o meio ambiente ao despejar esgoto sem tratamento em diversos rios. No entanto, nenhuma atitude foi tomada em relação a esta questão ? afirma a nota.
Apesar de o movimento ter recebido um aviso de liminar da Justiça para a desocupação da área, as famílias pretendem permanecer na fazenda até que seja marcada uma reunião com o superintendente do Incra. No encontro, o movimento deverá exigir que as terras griladas sejam destinadas para a Reforma Agrária.
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbar, condenou a invasão da fazenda.
? Este tipo de ação não contribui para a resolução dos conflitos fundiários e para o avanço da reforma agrária no país ? concluiu Hackbar.