Acampados desde domingo em Brasília, os cerca de três mil trabalhadores rurais sem-terra devem permanecer no local até o dia 19 de agosto. A principal reivindicação do movimento é a revisão dos índices de produtividade das fazendas brasileiras. É esse critério que determina se uma propriedade pode ser destinada à reforma agrária.
O MST afirma que das 150 mil famílias acampadas em todo o País, 45 mil estão assentadas, mas vivem em acampamentos, com condições precárias, sem infraestrutura e recursos para sobreviver.
De acordo com o movimento, a intenção é pressionar o governo a cumprir o Plano Nacional de Reforma Agrária. Durante a mobilização, serão promovidas marchas, vigílias e as lideranças do MST não descartam ocupações de terras.
As lideranças do MST também reclamam do congelamento temporário de recursos para a reforma agrária. Segundo o movimento, foram bloqueados R$ 800 milhões do orçamento da União.
Em cinco Estados, entre eles São Paulo, os trabalhadores sem-terra começaram marchas em direção às capitais, para discutir os rumos da reforma agrária brasileira. No final desta semana, outras categorias trabalhistas devem se unir ao movimento para cobrar dos órgãos responsáveis o atendimento das demandas.
Durante os dias de acampamento, estão previstos debates sobre temas como clima e meio ambiente, energia e petróleo, além de marchas, protestos e atividades culturais.