O movimento calcula que 100 mil trabalhadores ocupam atualmente terras públicas e particulares no país. Desse total, 17 mil se apossaram de terras desde o início do mês.
Na semana passada, dirigentes do MST se encontraram com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que prometeu responder às pautas apresentadas pelo movimento até o dia 2 de maio. Os trabalhadores também fizeram reuniões nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Durante este mês, os integrantes do MST fizeram manifestações em 13 sedes do Incra. Além disso, houve fechamento de estradas, acampamentos, realização de debates com a sociedade, audiências públicas e reuniões em órgãos dos governos estaduais responsáveis pela questão agrária.
O MST reivindica a recomposição do orçamento do governo para reforma agrária, para as demandas da educação do campo e para a renegociação das dívidas dos assentados. Eles também querem planejamento em torno das terras públicas e daquelas em que foram encontradas práticas de trabalho escravo ou de crime ambiental.
A criação de um programa de regularização da dívida dos assentados também faz parte da pauta apresentada pelo MST em Brasília. A educação no meio rural e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária são considerados prioritários pelos sem-terra. Segundo o MST, desde o ano passado, foram fechadas 24 mil escolas no campo.