Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estão acampados nesta quarta-feira (4) em frente à entrada da Cabanha Santa Angélica, em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul.
- Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!
Na terça (3), grupos do MST haviam invadido essa propriedade e uma outra na mesma região, mas haviam deixado as duas fazendas pacificamente no fim da tarde, seguindo orientação da Secretaria de Segurança Pública do estado.
“Eles apenas saíram do campo, mas seguem acampados em frente à porteira da estância”, afirmou o proprietário da Santa Angélica, Ramiro Costa. Segundo ele, a tensão no local aumenta, mesmo com um efetivo da Brigada Militar dando proteção à fazenda.
Costa afirma que o MST “passou a falsa impressão que tinham cedido”, levando à desmobilização de produtores e autoridades que tinham ido ao local em socorro ao proprietário.
“Precisamos seguir mobilizados, porque, além de não irem embora, voltarão para dentro do campo ou até mesmo invadirão a sede”, acredita Costa.
“Não vamos aceitar qualquer tipo de invasão, de esbulho e de desrespeito à propriedade privada”, diz o presidente do Sindicato Rural de Pedras Altas, Carlos Hofmeister. “Estamos em plena safra, mas tivemos que deixar os trabalhos em época de plantio para defendermos essas propriedades”.
Fundada em 1870, a Cabanha Santa Angélica é uma propriedade de tradição agropecuária. Na fazenda, há lavouras de arroz, soja e milho, além de criações de cavalo crioulo, bovinos hereford e braford, ovinos romney marsh e gado leiteiro.
A outra propriedade invadida na região, de onde o MST também já foi retirado, é a Fazenda Nova, produtora de grãos e gado de corte, na divisa de Hulha Negra com Pedras Altas.