? Aqui e nos Estados, todas as mobilizações se intensificarão ? disse o coordenador-geral nacional do MST e da Via Campesina, José Valdir Misnerovicz, após encontro no Palácio do Planalto com os ministros da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Ele disse que os novos atos vão depender dos sinais do governo e os militantes vão ficar em Brasília “o tempo que for necessário”.
A lista de pedidos ao Planalto incluía a renegociação da dívida dos pequenos agricultores – que, somada, está perto dos R$ 30 bilhões – e a aceleração do assentamento de cerca de 60 mil famílias em todo o país, além da revisão da construção da usina de Belo Monte. O governo teria demonstrado disposição para negociar todos os pontos, menos Belo Monte.
Carvalho informou que as demandas serão levadas à presidente Dilma Rousseff, “que, com os ministros, vai se posicionar”. Novo encontro dos dois lados deve ocorrer na sexta, dia 26. Sobre a interdição do Ministério da Fazenda, Carvalho teria reconhecido, segundo o coordenador-geral do MST, que “o movimento tem autonomia para decidir o que fazer”.
Enquanto Carvalho e Gleisi conversavam com representantes do MST, a presidente Dilma Rousseff recebia a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e expoente da bancada ruralista.