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MT: clima ajuda e produtores de soja preveem altas produtividades nesta safra

No município de Campo de Júlio, por exemplo, a perspectiva é que a média produtiva cresça até 3 sacas por hectare

Em Campos de Júlio, Mato Grosso, a chuva colaborou e os agricultores conseguiram antecipar o plantio. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o plantio no estado está adiantado, com mais de 73% da área coberta. Os produtores estão otimistas com o bom desempenho das lavouras e a perspectiva é de uma safra bem cheia.

O tempo segue fechado no município de Campos de Júlio, em Mato Grosso. As chuvas não são fortes, mas suficientes para manter a plantação já instalada em ótimas condições.

“Estamos até surpresos com a regularidade das chuvas. Vem chovendo em torno de 10 a 20 milímetros por semana, desde setembro. Com isso a lavoura se estabeleceu muito bem. A planta já sai mais vigorosa, com um bom enraizamento, com o cotilédone bem desenvolvido e um maior potencial de desenvolvimento”, diz o consultor técnico Marcos Adriano Stor.

Para o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Alfredo Tomé, até a germinação está melhor neste ano e isso pode trazer uma produtividade maior aos produtores de soja do município.

“Dá para se considerar que a germinação foi até 12% melhor este ano. Isso nos deixa bem mais animados. Se o tempo continuar ajudando, a média de produtividade do município deve subir até três sacos. Na safra passada ficou em 56 sacos, Mas tem muitos produtores em Campos de Júlio que já conseguem mais de 60 sacos”, conta Tomé.

O produtor Francisco Dors já está com o plantio dos 2.900 hectares praticamente encerrado. Ele acompanha de perto e comemora o bom desenvolvimento da lavoura, que contou com alto investimento no preparo do solo. A sequência generosa de chuva desde o início do plantio tem contribuído para a perspectiva de uma produtividade acima de 75 sacas por hectare.

“A produção está vindo muito bonita e agora pegou água à vontade. Temos que agradecer por isso. Preparamos a área para colher em torno de 80 sacos por hectare. A experiência foi feita no ano passado e rendeu 82 sacas, Esse é o jeito de o produtor se manter, já que os custos vêm subindo mais do que os preços de venda”, diz Dors.

Outro fator de destaque é o avanço da semeadura no município. Por lá, o cultivo já está na reta final, cenário bem diferente da safra anterior.

“Esse ano saiu com um adiantamento de quinze dias no plantio e não deu problema nenhum. Acho que dentro de mais uma semana, uma semana e meia, nossa região vai encerrar o plantio”, conta Tomé.

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