Mato Grosso declarou nesta quinta-feira (31) situação de emergência zoossanitária por um período de 180 dias, em virtude dos casos de gripe aviária detectados em animais silvestres e domésticos no Brasil. Apesar de o estado não possuir registro de casos da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), a medida ocorre em atendimento a uma recomendação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A declaração consta no decreto nº 412 publicado na quinta-feira (31) no Diário Oficial.
Desde a confirmação dos primeiros casos de gripe aviária na Bolívia em janeiros deste ano, Mato Grosso vem reforçando as medidas de biossegurança e monitoramento da sanidade avícola.
De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), outros estados como Mato Grosso do Sul e Tocatins, também sem registro de casos de gripe aviária, seguiram a recomendação do Mapa e declararam emergência zoossanitária.
Mato Grosso está entre os dez estados brasileiros que mais exportam carne de frango. A atividade avícola no Estado conta com 304 granjas em 31 municípios, e cerca de 55 milhões de aves.
Ação auxilia estados em caso de registro da doença
O decreto estadual, conforme a presidente do Indea-MT, Emanuele Almeida, é uma ação para facilitar que os estados acessem recursos da União para conter o avanço da gripe aviária no território nacional.
“Nós desde o início estamos adotando medidas preventivas, tais como, vigilância direcionada as propriedades de maior risco para influenza aviária, realização de palestras para criadores de aves de subsistência e avicultores, reuniões com representantes da avicultura e vigiando a nossa fronteira, para monitorar as aves silvestres e de fundo de quintal. Estamos atentos a essa doença e alertando sobre como identificar caso algum animal apresente as características da gripe aviária”, explica a presidente.
Ela acrescenta ainda que a gripe aviária H5N1 tem circulado pelo mundo há mais de 20 anos, sendo as aves migratórias as principais disseminadoras da doença. A maior preocupação é evitar que o vírus atinja as granjas comerciais, para não comprometer as exportações de produtos avícolas. “Não há risco de transmissão do vírus através da ingestão de carnes ou ovos cozidos”, reforça Emanuele Almeida.
Sintomas da gripe aviária
A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves, que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tremores na cabeça e no corpo; dificuldade respiratória, como respiração ofegante (respiração pela boca), coriza nasal e/ou espirros; Letargia e depressão; penas arrepiadas ou arrastar das pernas; falta de resposta à tentativa de apanha; asas caídas, torção de cabeça e pescoço; incoordenação e perda de equilíbrio; edema de face, olhos fechados e excessivamente lacrimejantes, excrementos aquosos descoloridos ou soltos; andar em círculo e de costas; machas vermelho-arroxeadas de cristas e barbelas, manchas avermelhadas nas pernas, e diarreias.
O que fazer em caso de suspeita de gripe aviária?
Todas as suspeitas de Influenza aviária devem ser notificadas imediatamente, presencialmente ou por telefone ao Indea. Na página da autarquia é possível encontrar o endereço e telefone de todas as unidades instaladas no Estado. Outra opção é fazer a notificação pela internet na plataforma e-Sisbravet, no endereço https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action.
Editado por: Viviane Petroli, de Rondonópolis (MT)
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