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MT: frete até os portos está mais barato este ano

Em contrapartida, valores ficaram 5% mais inflacionados no período de um mês. Isso por conta da oferta de transporte e da colheita do grão

Daniel Popov, de São Paulo

Começou a colheita de soja e com ela uma velha preocupação: transportar os grãos até os portos. É comum, devido à relação oferta e demanda, que os valores dos fretes aumentem neste período, afinal há muito mais procura por caminhões e isso tem acontecido no último mês. Mas, a boa notícia é que o frete médio no estado de Mato Grosso está mais barato que no ano passado, mesmo com estas altas. O levantamento é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que ressalta que as informações são pontuais e podem se diferenciar em cada região.

De forma geral, os fretes partindo de Sorriso até os portos estão 10% mais baratos este ano, se comparado aos valores registrados no começo de janeiro de 2016. Do município, até o porto de Paranaguá (PR), o valor do frete, em 30 de janeiro, era de R$ 245 por tonelada de soja. No ano passado, o valor superava a casa dos R$ 275 por tonelada, queda de 9,2%. De Sorriso a Santos, o frete que era cobrado no ano passado variava em torno de R$ 302 por tonelada, contra os R$ 270 desta temporada. “No ano passado, na mesma época tinha muita exportação de soja e milho acontecendo e isso impactou muito nos valores, porque era preciso mais transporte. No ano passado, a exportação de milho de Mato Grosso foi 11 milhões de toneladas maior que a comparação com este ano”, garante o gestor técnico do Imea, Ângelo Ozelame.

personagem soja

Já a ida até a região de Miritituba, distrito de Itaituba, no sudoeste do Pará, rota para o transporte da soja de Mato Grosso pelos portos do norte do país, o preço do transporte que era de R$ 178 por tonelada, subiu para pouco mais de R$ 200 por tonelada neste ano. Indo até Rondonópolis, para fazer que o grão desça de trem até Santos (SP), o frete que em 2016 chegou a R$ 108, neste ano superou os R$ 112 por tonelada. “Estas elevações nesteas localidades se dão principalmente pela alta demanda por caminhões, problemas climáticos que dificultam o transporte e por conta dos pedágios mais caros”, alerta Ozelame.

A mesma relação oferta e demanda, também está encarecendo aos poucos o frete neste ano. Todos os valores acima citados estavam mais baixos no dia 7 de janeiro e sofreram fortes reajustes até o dia 30 de janeiro. Para se ter uma ideia, o frete de Sorriso até Paranaguá no começo do ano era de R$ 165 por tonelada, até Santos, R$ 205, até Miritituba R$ 140 e até Rondonópolis R$ 75 por tonelada. “Conforme a colheita avançou e a demanda por transporte aumentou, os valores aumentaram também”, diz o gestor do Imea. “Não dá para saber como será, mas os produtores que conseguirem contratar antes e garantir o transporte tendem a se dar bem.”

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