Há 12 anos, a pesquisa vem selecionando, por meio de propagação vegetativa, plantas matrizes com características de grande interesse agronômico. São cafezais com resistência ao bicho-mineiro e à ferrugem, boa qualidade de bebida e alta produtividade. O pesquisador da Embrapa Café, Carlos Henrique Carvalho, explica que o desenvolvimento de cultivares de Coffea arabica é um processo longo que, normalmente, leva cerca de 30 anos para uma nova cultivar chegar ao campo. Esse tempo pode ser reduzido para aproximadamente 10 anos, com a seleção de plantas originais de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas. A técnica é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzada geneticamente) em larga escala.
O programa de melhoramento genético do café desenvolve pesquisas sobre cultivares que reúnam resistência, qualidade superior de bebida e elevada produtividade. Para que esse material chegue ao mercado, pelo método tradicional, o prazo é longo. Neste sentido, a produção de cultivares clonadas a partir de plantas superiores já selecionadas, permitirá a liberação comercial em menor tempo, nesse caso, ainda este ano.