É o caso do agronegócio, setor em que a maioria dos profissionais ainda é composta por homens e em que as fazendas são, predominantemente, geridas por eles: apenas 13,2% da população feminina economicamente ativa atuam no setor, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do número de mulheres no agronegócio ainda ser baixo, em 10 anos, a representação feminina no segmento cresceu cerca de 7%, segundo dados da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio.
À frente dessa tendência de incentivo à gestão feminina, o Rabobank segue sua tradição de abrir caminhos para as mulheres ocuparem posições de destaque, algo ainda desafiador não só no agronegócio como no setor financeiro.
A diretora Fabiana Alves é um exemplo. Ela comanda uma das áreas mais importantes do banco, o Rural Banking, que possui mais de 140 pessoas e atende produtores rurais de larga escala.
Em um ambiente predominantemente masculino, elas representam uma minoria, pois, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), apenas 5% a 10% dos cargos de alta gerência são ocupados por mulheres. Mas, na equipe de Alves, são elas que predominam. Dos cargos de gerência, 63% são comandados por executivas.
Uma delas é Daniela Resende, gerente regional do Rabobank Brasil para Centro-Sul e agrônoma por formação. Responsável pela coordenação de uma equipe comercial com mais de 50 pessoas e pela implementação de estratégias comerciais nessa região, a executiva conquista clientes por seu conhecimento e sua experiência.
– Há 15 anos, quando comecei meu trabalho no agronegócio, ainda existia uma cultura muito resistente à atuação feminina, mas sempre consegui estabelecer rapidamente uma relação de confiança e respeito com os produtores. O objetivo é sempre surpreender. Para que isso ocorra, devemos ter muita determinação e persistência diante das várias dificuldades que podemos encontrar – lembra Daniela.
De acordo com Fabiana Alves, o mais importante é entender o diferencial que as mulheres trazem para todas as áreas do setor.
– Um dos pontos de destaque é a possibilidade de usar a sensibilidade, tão característica da mulher, como uma importante ferramenta em seu trabalho de avaliação de risco e de atuação junto a produtores rurais – argumenta.