De acordo com o técnico executor do Programa no município, Leandro Barros Oliveira, os recursos referentes a todos os 126 projetos de reconstrução em Sumidouro foram liberados para os produtores rurais, o que totaliza quase R$ 800 mil investidos.
Uma das microbacias hidrográficas mais atingidas foi Campinas, onde vivem os agricultores Rafael Ribeiro da Silva e sua mãe, Leila Fernandes Ribeiro, na comunidade de Águas Claras. Por causa do temporal, eles tiveram prejuízos de mais de R$ 8 mil, com perdas nas lavouras de couve-flor, jiló e feijão, além da destruição de uma estufa de produção de mudas e de equipamentos de irrigação. Sem contar os danos materiais, os agricultores ficaram uma semana isolados e mais de 15 dias consecutivos sem energia elétrica em casa. A volta ao trabalho só aconteceu quase um mês depois da chuva.
Com assistência técnica e apoio financeiro do Rio Rural, no valor de R$ 6.800, eles conseguiram montar uma nova estufa em outro ponto da propriedade e compraram adubo, equipamentos de irrigação e insumos para o plantio.
– Minha mãe vive aqui desde que nasceu. Aqui é o nosso lugar. Não desanimamos em nenhum momento. Felizmente, nossa ajuda saiu já na primeira liberação de recursos do Rio Rural Emergencial. Por isso, foi possível reconstruir tudo e dar a volta por cima – explicou Rafael.
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Na área rural de Sumidouro, a secretaria estadual de Agricultura e Pecuária – através dos programas Rio Rural e Estradas da Produção – trabalhou para possibilitar o retorno à normalidade no cotidiano do homem do campo.
As primeiras ações emergenciais foram focadas na desobstrução de estradas vicinais e remoção de entulhos. Em seguida, agricultores familiares vitimados pelas chuvas tiveram auxilio dos técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater-Rio) para a obtenção de linha de crédito emergencial do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), no valor de R$ 2 mil. Posteriormente, o Rio Rural liberou recursos maiores, financiados pelo Banco Mundial, para a execução de projetos de recuperação das unidades produtivas, incluindo aquisição de insumos, materiais de irrigação, capacitação em práticas agrícolas sustentáveis e, em alguns casos, recuperação de moradias.
O supervisor do escritório local da Emater-Rio em Sumidouro, Ricardo Belo, contabilizou os números dos estragos no município: 87 pontes destruídas (recuperadas no mesmo ano), cerca de 250 hectares de lavouras perdidas e mais de 500 hectares de pastagens atingidos e 560 ocorrências em vias de acesso. O Rio Rural contribuiu para reverter esse quadro e trazer de volta a normalidade à região, onde a principal atividade agrícola é a olericultura, com produção significativa de repolho, tomate e vagem.
