? Um evento de 6.1 graus também é forte, mas nem tanto. A diferença de um ponto, de 6 para 7 por exemplo, significa que a amplitude de seu chão aumentou 10 vezes ? explicou. A amplitude do tremor indica o impacto na superfície.
A pesquisadora disse que os terremotos ocorrem todos os dias e não há como evitá-los porque as placas tectônicas estão em constante movimento. Alguns países, no entanto, sabem que estão propensos a terremotos e têm uma infraestruta específica para reduzir os danos entre seus habitantes, como é o caso do Japão. Outros, como o Brasil, são menos afetados por estarem distantes das bordas das placas tectônicas.
? Para os que estão na borda da placa, a incidência de falhas é grande, então a movimentação das placas faz com que as falhas se desloquem e gerem terremotos ? afirmou Mônica.
Ela ressaltou, entretanto, que apesar de o Brasil estar numa região considerada estável, existem algumas falhas geológicas no território nacional que também geram terremotos, mas em quantidade e intensidades bem menores.
O terremoto mais forte registrado no país foi em 1955, na Serra do Tombador, em Mato Grosso, com 6.6 graus na escala Richter. O único registro de morte causada diretamente por um tremor foi em 2007, na cidade de Itacarambi, em Minas Gerais. Sua magnitude foi de 4.9 graus.
? A construção era bem rudimentar, as vigas eram feitas com arame farpado, uma parede caiu em cima de duas crianças gêmeas e uma morreu ? comentou a pesquisadora.
O maior terremoto já registrado no mundo foi em 1960, no Chile, que atingiu 9.5 graus na escala Richter e deixou cerca de três mil mortos e dois milhões de feridos.